Segunda Guerra Mundial

Vamos explicar o que foi a Segunda Guerra Mundial e os países que intervieram. Além disso, seus antecedentes, fases e consequências.

A Segunda Guerra Mundial foi a maior guerra da história.

O que foi a Segunda Guerra Mundial?

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito armado global que ocorreu entre 1939 e 1945, envolvendo as grandes potências da época e mais de 72 países.

É considerada a maior guerra da história da humanidade, devido ao número de nações envolvidas, às dimensões territoriais do conflito, à escala de destruição e mortes, às armas utilizadas e às suas consequências históricas.

Na Segunda Guerra Mundial, havia dois blocos:

  • Os Aliados, liderados pela Grã-Bretanha, França, Estados Unidos e URSS.
  • O Eixo, liderado pela Alemanha, Itália e Japão.

Dezenas de países se juntaram ao conflito durante os seis anos da guerra, alinhando-se a um lado ou a outro.

O conflito foi causado por vários fatores, entre os quais se destacam a crise econômica e política na Europa no Período Entreguerras, o capitalismo nacionalista e imperialista das grandes potências europeias e a ascensão de regimes fascistas e totalitários na Itália e na Alemanha.

Durante a Segunda Guerra Mundial, além da morte de soldados nas frentes de batalha, milhões de civis foram mortos pelo contínuo bombardeio aéreo de cidades e campos. Nesse contexto, o Holocausto foi perpetuado, o que implicou o extermínio sistemático e em massa de 6 milhões de judeus pelas mãos do partido nazista alemão.

E, no final da guerra, os Estados Unidos lançaram as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, que tiraram a vida de centenas de milhares de civis.

Perguntas frequentes

Por que ocorreu a Segunda Guerra Mundial?

As principais causas da Segunda Guerra Mundial incluem a concorrência entre os países europeus e seus investimentos na indústria bélica, a insatisfação de alguns países com a distribuição do mapa europeu após a Primeira Guerra Mundial, o nacionalismo exacerbado e a expansão dos movimentos fascistas.

Quem venceu a Segunda Guerra Mundial?

A Segunda Guerra Mundial foi conquistada pelo bloco dos Aliados, que era composto pela França, Reino Unido, União Soviética, Estados Unidos e China, e contou com o apoio de mais de 30 países em todo o mundo.

Como foi a Segunda Guerra Mundial?

A Segunda Guerra Mundial foi o conflito militar mais destrutivo da história devido ao número de mortes, à dimensão da destruição material e à eficácia da tecnologia bélica. Teve frentes de guerra em diferentes partes do mundo (Europa, Ásia, Norte da África e os oceanos Atlântico e Pacífico) e foi palco de terríveis atrocidades, como o Holocausto judeu pelo governo alemão nazista.

Quais foram as batalhas mais importantes da Segunda Guerra Mundial?

As batalhas mais importantes da Segunda Guerra Mundial incluem a queda da França (1940), a Batalha de Moscou (1941–1942), a Batalha de Midway (1942), a Batalha de Stalingrado (1942–1943), os desembarques na Normandia (1944) e a captura de Berlim (1945).

Quais foram as consequências da Segunda Guerra Mundial?

Antecedentes da Segunda Guerra Mundial

A década de 1930 viu a ascensão de regimes fascistas totalitários.

Desde o início do século XX, a Europa foi assolada por tensões, que foram desencadeadas pela Primeira Guerra Mundial (1918–1918) e persistiram durante as décadas de 1920 e 1930. As tensões foram marcadas pela competição das potências imperialistas europeias por território, recursos e hegemonia política. É possível identificar diferentes circunstâncias que levaram ao início do conflito.

Causas econômicas

Entre as principais causas econômicas, podemos destacar as seguintes:

  • A Grande Depressão. Durante a década de 1930, as potências da época vivenciaram a primeira grande crise capitalista da história. Entre 1929 e 1932, a produção mundial caiu 40%, as transações comerciais 30% e os preços 60%. Isso levou ao fechamento de empresas e indústrias, o que, por sua vez, provocou um aumento sem precedentes no desemprego: 15 milhões de pessoas desempregadas nos Estados Unidos, 6 milhões na Alemanha e 3 milhões na Grã-Bretanha.
  • A intervenção do Estado. Diante da crise econômica, os países começaram a implementar medidas de protecionismo e forte intervenção estatal, orientados pela doutrina do economista John Keynes. Com o intuito de mobilizar as economias estagnadas, os governos aumentaram os gastos públicos estaduais para investir em suas indústrias nacionais, elevaram as taxas alfandegárias para reduzir as importações, incentivar as exportações e controlar o fluxo de capital.
  • O investimento na indústria bélica. Nesse contexto, muitos Estados incentivaram o desenvolvimento de suas indústrias bélicas que, além de gerar empregos e mobilidade econômica, produziam tecnologia e bens valiosos no contexto de tensões políticas. Por outro lado, essas indústrias precisavam de matérias-primas (borracha, petróleo, minerais etc.), que muitos países não possuíam em seus territórios, exacerbando as reivindicações territoriais de diferentes países europeus.

Causas políticas

 Entre as principais causas políticas, pode-se mencionar as seguintes:

  • A reordenação do mapa europeu. Os países vitoriosos da Primeira Guerra Mundial impuseram uma reordenação política do mapa europeu. O Império Otomano e o Império Austro-Húngaro foram dissolvidos e novos Estados-nação foram criados em seu lugar: Áustria, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia, Estônia, Letônia, Lituânia, Finlândia e Iugoslávia. Entretanto, nas décadas seguintes, esses países entraram em conflito permanente devido a reivindicações territoriais por motivos nacionalistas (como o idioma, a religião ou as práticas culturais).
  • Os interesses territoriais. Por outro lado, as diferentes potências tinham suas próprias reivindicações territoriais. A URSS queria recuperar os países bálticos (perdidos com o Tratado de Brest-Litovsk) e buscava controlar os territórios ucranianos; a Itália exigia territórios nos Bálcãs; e a Alemanha reivindicava territórios no Báltico e na Polônia. Por outro lado, os Estados Unidos, a China, o Japão e a URSS disputavam o controle das ilhas asiáticas para aumentar seu poder comercial no Oceano Pacífico.

Causas ideológicas

Também é possível destacar as causas ideológicas:

  • O nacionalismo, o racismo e o fascismo. No contexto de crise econômica, desemprego, tensões políticas e reivindicações territoriais, o nacionalismo de diferentes populações europeias foi exacerbado. As minorias étnicas ou raciais começaram a ser desprezadas e culpadas pela falta de empregos e recursos, e foram criadas medidas administrativas em diversos países europeus que discriminavam as pessoas de acordo com sua origem ou raça. O fascismo surgiu como uma opção política que integrava a unidade nacional em torno de um Estado governado por um único partido com um líder carismático. Na Alemanha, o nacional-socialismo construiu uma imagem racista da humanidade, na qual a raça ariana era considerada superior e, como tal, deveria ser imposta a todas as outras nações (por meio da expansão do Estado alemão) e às minorias que viviam no território do Estado alemão. Nesse contexto, o antissemitismo tornou-se um dos pilares da ideologia nazista.
  • A disputa entre o fascismo e o comunismo. Diante do sucesso da revolução comunista na URSS, os partidos fascistas da Itália e da Alemanha se posicionaram como defensores do capitalismo ocidental. Diante de sua forte ideologia anticomunista, as democracias liberais dos outros países europeus deixaram os líderes fascistas agirem. Nos primeiros anos, eles se abstiveram de intervir em agressões expansionistas na esperança de que constituíssem uma força de choque contra o comunismo russo.

Estopins da Segunda Guerra Mundial

Em 1939, a Alemanha invadiu a Polônia e os Aliados declararam guerra.

Durante a década de 1930, ficaram evidentes as limitações da Liga das Nações e sua incapacidade de neutralizar conflitos internacionais.

Desde a ascensão de Hitler, a Alemanha deixou gradualmente de cumprir o Tratado de Versalhes: aumentou sua política de rearmamento, restaurou o serviço militar obrigatório e militarizou regiões que deveriam permanecer desmilitarizadas.

Em 1935, a França e a URSS assinaram um pacto militar de defesa mútua para impedir o avanço alemão em suas fronteiras. Em 1936, a Itália ocupou a capital da Abissínia (um reino que fazia fronteira com suas colônias na África). A França e a Grã-Bretanha tentaram impor sanções econômicas por meio da Liga das Nações.

Em resposta, a Itália e a Alemanha assinaram o acordo do Eixo Roma-Berlim e se consolidaram como aliados no centro da Europa. Em 1938 e 1939, a Alemanha continuou sua política expansionista e anexou a Áustria, os Sudetos e iniciou a invasão da Tchecoslováquia. Por outro lado, em 1939, a Itália invadiu a Albânia, que estava sob o controle da URSS.

Nesse contexto, a URSS assinou um pacto de “não agressão” com a Alemanha. Entre suas cláusulas secretas, o acordo previa uma futura divisão da Polônia entre as duas potências.

Com a certeza de que a URSS não interviria, em 1º de setembro de 1939, a Alemanha iniciou a invasão militar à Polônia. Em resposta, a França e a Grã-Bretanha abandonaram sua postura passiva e declararam guerra à Alemanha.

Alianças da Segunda Guerra Mundial

Mussolini - Hitler
Em 1936, Mussolini e Hitler assinaram o acordo que fundou a coalizão do Eixo.

As forças em disputa eram principalmente as das potências europeias e asiáticas e dos Estados Unidos, divididas em dois blocos políticos e ideológicos:

  • O Eixo. Era uma coalizão formada pela Alemanha, Itália e Japão. Tinham como parceiros nações como a Hungria e a Romênia, e eram apoiados por outros países, que não intervieram diretamente na guerra.
  • Os Aliados. Eram liderados pela França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e União Soviética. A eles se juntaram países que haviam sido invadidos pelas potências do Eixo, como a Polônia, a China, a Noruega, a Dinamarca, a Bélgica, a Iugoslávia e outros. Além disso, contaram com o apoio de outros países que não estavam diretamente envolvidos.

Líderes da Segunda Guerra Mundial

As potências oponentes, em especial as potências totalitárias do Eixo, eram lideradas por:

  • Adolf Hitler. Foi o líder político fascista da Alemanha entre 1933 e 1945. Liderou os movimentos militares que desencadearam a Segunda Guerra Mundial e foi o principal responsável pelo Holocausto.
  • Benito Mussolini. Foi o líder político fascista da Itália entre 1922 e 1945. Estabeleceu um regime totalitário e se aliou a Hitler durante a guerra.
  • Hirohito. Foi o imperador do Japão de 1926 até sua morte em 1989. Embora tenha se aliado às potências derrotadas na guerra, não foi julgado e manteve o poder. Atribui-se a ele a profunda transformação que levou o Japão a ser uma potência econômica mundial.
  • Winston Churchill. Foi primeiro-ministro da Grã-Bretanha de 1940 a 1945 (e depois de 1951 a 1955). É reconhecido pelo importante papel que desempenhou no decorrer da Segunda Guerra Mundial e é considerado o forjador da “Grande Aliança” entre os Estados Unidos, a França, a Grã-Bretanha e a URSS.
  • Josef Stalin. Foi o ditador comunista da URSS entre 1922 e 1952 e responsável por transformar a URSS em uma superpotência política e econômica global.
  • Charles De Gaulle. Foi um importante líder militar francês durante a Segunda Guerra Mundial. Liderou a resistência francesa durante o período de ocupação alemã. Foi o responsável pelo governo provisório entre 1944 e 1946 e conseguiu que a França fosse reconhecida como uma potência vitoriosa nos tratados de pós-guerra.
  • Franklin Roosevelt. Presidente dos Estados Unidos de 1933 a 1945. Criou as políticas que tiraram o país da depressão econômica e, a partir de 1939, convenceu o Congresso a se envolver no conflito para apoiar as democracias liberais.

Frentes da Segunda Guerra Mundial

Após o bombardeio de Pearl Harbor (Havaí), os Estados Unidos entraram na guerra.

As principais frentes de guerra foram:

  • Frente Ocidental. Englobava territórios na Itália, França, Holanda, Bélgica, Grã-Bretanha e Noruega.
  • Frente Oriental. Ocorreu em regiões da URSS, Polônia, Finlândia, Estônia, Letônia e Lituânia e nos Bálcãs.
  • Oceano Pacífico. Abrangeu territórios insulares e marítimos do oceano, do Japão à Austrália e da China ao Havaí.
  • Norte da África. Envolveu a área da Tunísia ao Egito e do mar Mediterrâneo ao Deserto do Saara.
  • Pontos estratégicos. Além disso, houve batalhas pelo controle de territórios específicos no oceano Índico, no Ártico, na África Central e no Rio da Prata.

Fases da Segunda Guerra Mundial

Com os desembarques na Normandia, os Aliados lançaram sua maior contraofensiva.

É possível distinguir três fases da Segunda Guerra Mundial:

Triunfos do Eixo (1939–1941).

A primeira fase da guerra foi caracterizada por sucessivas vitórias das forças do Eixo na Europa Central e Ocidental, com as conquistas da Noruega, Dinamarca, França, Bélgica, Holanda, Iugoslávia e Grécia, bem como a expansão das forças fascistas no norte da África. Em 1941, a Alemanha rompeu o pacto de não agressão e invadiu a URSS.

Por sua vez, o Japão invadiu a China e, em 1941, iniciou sua expansão no leste da Ásia: Malásia, Filipinas, Hong Kong, Tailândia, Indochina e vários territórios insulares do Pacífico. Com o ataque ao Havaí, os Estados Unidos decidiram intervir no conflito.

Equilíbrio de forças (1942–1943)

Com os triunfos expansionistas do Eixo, a URSS e os Estados Unidos entraram em guerra. Em 1942, nas várias frentes de guerra, as Batalhas de El Alamein, Midway e Stalingrado detiveram o avanço das tropas do Eixo e a guerra entrou em um período de equilíbrio de forças. Os norte-americanos detiveram os japoneses na frente do Pacífico.

Na Frente Ocidental, os Aliados bombardearam a Alemanha pelo ar e invadiram a Itália pelo sul. Na Frente Oriental, os soviéticos conseguiram expulsar os alemães da URSS e invadiram a Polônia. Entre 1941 e 1944, a resistência foi organizada em todos os países ocupados pelas potências do Eixo.

Vitória dos Aliados (1944–1945)

Na Frente Ocidental, os Aliados conseguiram recuperar a França e atacar a Alemanha pela fronteira. Os italianos foram derrotados e, em sua tentativa de fuga, Mussolini foi preso pela resistência e fuzilado. A partir de 1944, os soviéticos montaram uma ofensiva final contra a Alemanha: invadiram a Romênia, a Hungria, a Bulgária e a Iugoslávia. Em 1945, conseguiram tomar Berlim.

Diante da derrota, Hitler cometeu suicídio e os alemães se renderam. Na frente do Pacífico, após as batalhas, os japoneses foram encurralados pelos norte-americanos.

Em 6 e 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e de Nagasaki, causando dezenas de milhares de mortes de civis e forçando o Japão a assinar uma rendição final.

Fim da Segunda Guerra Mundial

Na Conferência de Yalta, Churchill, Roosevelt e Stalin concordaram com os termos do pós-guerra.

Durante o último período da guerra, os líderes dos países aliados realizaram uma série de reuniões para delinear a base dos acordos pós-guerra.

Em fevereiro de 1945, foi realizada a Conferência de Yalta, com a presença dos principais líderes aliados: Winston Churchill (Grã-Bretanha), Franklin Roosevelt (EUA) e Josef Stalin (URSS). Ali decidiram:

  • A divisão da Alemanha entre a Grã-Bretanha, os Estados Unidos, a França e a URSS.
  • A subjugação da Polônia e da Iugoslávia sob a influência da URSS.
  • A criação da Organização das Nações Unidas (ONU) para substituir a Liga das Nações.

Em julho, os líderes se reuniram novamente na Conferência de Potsdam. Dessa vez, ficaram evidentes os interesses antagônicos dos países aliados. A URSS controlava a maior parte da Europa Oriental e havia implementado o sistema comunista. Por outro lado, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha defendiam o capitalismo na Europa Ocidental e nos territórios que controlavam na África e na Ásia.

Em 1946, foi realizada a Conferência de Paris e a paz foi assinada com a Itália, Romênia, Bulgária, Hungria e Finlândia. A Alemanha, por outro lado, não assinou um tratado de paz, mas sofreu intervenção direta dos países aliados.

O Holocausto

Holocausto - Segunda Guerra Mundial
 O Holocausto foi o processo de extermínio em massa sistemático do povo judeu.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o partido nacional-socialista que governava a Alemanha realizou o extermínio sistemático em massa de pessoas por causa de sua religião ou etnia. Esse processo é conhecido como “Holocausto” ou “Shoah” (em hebraico).

A partir de 1933, com a ascensão de Hitler e seu partido ao poder, começaram a ser tomadas medidas para impor a ideologia nazista ao restante da população. Mediante manifestações e propaganda em massa, afirmaram-se reiteradamente os valores de racismo, antissemitismo, anticomunismo e nacionalismo do partido. Os nazistas argumentavam que precisavam garantir a “pureza racial” da Alemanha e tomaram medidas cada vez mais violentas contra as minorias que faziam parte da sociedade alemã: desde a esterilização de pessoas portadoras de doenças até a perseguição direta de grupos sociais com base em sua etnia (ciganos e eslavos), sexualidade (homossexuais) ou religião (judeus).

Em 1935, as Leis de Nuremberg foram adotadas, os judeus tiveram seus direitos básicos negados e foram forçados a deixar o país ou a viver em bairros separados (chamados guetos). A partir de 1938, com a “Noite dos Vidros Quebrados”, a perseguição se tornou mais violenta; as casas e os locais de trabalho das famílias judias foram saqueados e mais de 30 mil pessoas foram enviadas para campos de concentração.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, as políticas racistas continuaram a aumentar a violência. Hitler e o partido identificaram “o problema judeu” como uma questão de solução urgente e elaboraram um sistema de extermínio em massa de pessoas. Nas cidades conquistadas, como a Varsóvia ou Budapeste, a população judaica foi trancada em guetos. Novos campos de concentração foram criados, nos quais os prisioneiros eram obrigados a realizar trabalhos forçados.

Na Conferência de Wannsee, em 1942, oficiais nazistas de alto escalão proclamaram a “solução final para o problema judeu”: usar toda a população judaica para construir as rotas de suprimentos que as tropas alemãs precisavam para a invasão da URSS. Muitos prisioneiros morreram devido às condições adversas.

Os sobreviventes foram enviados para campos de concentração, onde acabaram sendo exterminados em câmaras de gás. Estima-se que, entre 1942 e 1945, mais de 6 milhões de judeus foram assassinados.

Consequências da Segunda Guerra Mundial

Entre as principais consequências da Segunda Guerra Mundial, podemos destacar as seguintes:

  • Um desastre demográfico. Entre 40 e 50 milhões de pessoas morreram em decorrência da guerra. Essa quantidade de mortos foi causada pelo uso de armamentos cada vez mais sofisticados, pelo bombardeio de cidades e campos, pela fome crônica e por políticas de extermínio em massa de civis (como o Holocausto judeu, a perseguição de minorias étnicas e o uso de bombas atômicas).
  • A destruição material em massa. O bombardeio aéreo de cidades, indústrias e campos foi uma arma fundamental na guerra e gerou um nível de destruição nunca antes visto. O efeito econômico foi incalculável e a reconstrução levou décadas. Em Nagasaki e em Hiroshima, após o bombardeio nuclear, os japoneses também tiveram que conviver com a contaminação por radiação nuclear.
  • O declínio da hegemonia europeia. Diante da destruição material e humana na Europa, os Estados Unidos e a URSS emergiram como potências econômicas que, por sua vez, começaram a competir entre si pela influência na Europa. Após a divisão do território alemão, a própria Europa foi dividida em dois grandes blocos sob a influência das novas superpotências: um bloco ocidental-capitalista e um bloco oriental-comunista.
  • A defesa dos direitos civis. Em 1948, após a criação das Nações Unidas, foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esses acordos entre diversos países buscavam defender os valores democráticos, garantir os direitos civis das pessoas e apoiar a luta pelos direitos das minorias sociais. Ademais, o sufrágio feminino foi estabelecido na maioria dos países.
  • A descolonização da Ásia e da África. Nas três décadas após a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos países colonizados conquistou sua independência. Os movimentos nacionalistas locais conseguiram lutar contra os governos estrangeiros da França, Grã-Bretanha e Alemanha e alcançar sua emancipação.

Referências

  • Hobsbawn, E. J. (1998). Historia del siglo XX. Crítica.
  • Messenger, C. (1989). La Segunda Guerra Mundial. Norma
  • Tato, M. I., Bubello, J. P., Castello, A. M. y Campos, E. (2011). Historia de la segunda mitad del siglo XX. Estrada.
  • Weinberg, G. (2016). La segunda guerra mundial. Crítica.

Como citar?

As citações ou referências aos nossos artigos podem ser usadas de forma livre para pesquisas. Para citarnos, sugerimos utilizar as normas da ABNT NBR 14724:

KISS, Teresa. Segunda Guerra Mundial. Enciclopedia Humanidades, 2023. Disponível em: https://humanidades.com/br/segunda-guerra-mundial/. Acesso em: 26 abril, 2024.

Sobre o autor

Autor: Teresa Kiss

Professora de História do ensino médio e superior.

Traduzido por: Márcia Killmann

Licenciatura em letras (UNISINOS), Doutorado em Letras (Universidad Nacional del Sur)

Data da última edição: 5 março, 2024
Data de publicação: 16 novembro, 2023

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