Vamos explicar o que são as montanhas, como se formam e a flora e fauna que apresentam. Além disso, qual é a sua importância e as montanhas mais altas do mundo.
O que são as montanhas?
As montanhas são elevações naturais da superfície da Terra. Elas são caracterizadas por ter altitudes significativamente superiores às áreas circundantes e declives íngremes.
Algumas montanhas aparecem como elevações isoladas individuais e se destacam por sua grande altura em relação a seu entorno, de menor altitude. Outras fazem parte de cinturões montanhosos extensos denominados cordilheiras. As cordilheiras podem ser formadas por centenas de montanhas e ter milhares de quilômetros de extensão.
As montanhas do planeta foram formadas pelo movimento das placas tectônicas ao longo de diferentes tempos geológicos. A colisão e o impulso de duas placas tectônicas produz a deformação da crosta e o aumento da altura das montanhas.
As forças tectônicas fazem que ascenda magma desde o interior do planeta e saia para o exterior em forma de erupção. Por esta razão, a maioria das montanhas também são formadas por vulcões, que são uma forma específica de relevo montanhoso.
As montanhas desempenham um papel importante no ciclo da água: no alto das montanhas se acumulam neve e gelo, que se derretem nos meses de calor e dão origem à maioria dos rios do planeta.
- Veja também: Mesetas (planaltos)
Como as montanhas se formam?
O processo de formação das montanhas é chamado de “orogênese”. A orogênese pode ocorrer pelo choque e impulso de duas placas oceânicas, de uma oceânica e uma continental, ou de duas placas continentais.
- Quando colidem e empurram duas placas oceânicas, formam-se elevações na crosta do mar. Se superarem a superfície da água, formam-se arcos de montanhas e vulcões no oceano. As ilhas Aleutas, perto do Alasca, são um exemplo deste tipo de formação.
- Quando colidem e empurram uma placa oceânica e uma continental, formam-se cordilheiras nas bordas dos continentes. O impulso das placas faz com que uma deslize debaixo da outra (processo denominado subducção) e que a placa que fica por cima se dobre e forme montanhas e vulcões. A cordilheira dos Andes é um exemplo deste tipo de formação.
- Quando colidem e empurram duas placas continentais, formam-se extensas e elevadas cordilheiras. Como nenhuma placa consegue deslizar debaixo da outra porque têm um peso e uma densidade similares, produz-se uma colisão maior que nos outros casos e a orogenia é muito mais importante. A cordilheira do Himalaia é um exemplo deste tipo de formação.
Estrutura de uma montanha
As montanhas são compostas pela seguinte estrutura:
- Pé ou base. É o setor mais baixo de toda a estrutura montanhosa.
- Topo, pico ou cume. É a parte superior da montanha. Trata-se da característica mais destacada e a que estabelece a sua altitude em metros acima do nível do mar.
- Ladeira ou encosta. São as porções laterais e inclinadas da montanha que conectam o pé com o cume. Podem ter declives diferentes.
Uma maneira de saber se uma montanha é jovem ou antiga, é através de sua forma. Se tem um cume pontiagudo e encostas íngremes, então é provável que seja uma montanha jovem. Pelo contrário, se apresentar um cume arredondado e encostas com menor inclinação, é provável que se trate de uma montanha antiga que passou milhões de anos sujeita à erosão.
Clima das montanhas
Os climas de montanha dependem especialmente da altitude. A temperatura diminui quando a altura aumenta, de modo que as áreas mais altas das montanhas também são mais frias. Por esta razão, os cumes das montanhas mais altas estão sempre cobertos de gelo, já que lá faz frio todo o ano e a água e a umidade disponíveis congelam.
Quando a altura é menor, a disponibilidade de calor na atmosfera é maior e as temperaturas aumentam. Por isso, as bases das montanhas sempre têm uma temperatura mais elevada que os cumes.
Flora e fauna das montanhas
A vegetação das montanhas varia de acordo com o clima e a localização geográfica, mas geralmente ocorre de forma escalonada, ou seja, que vai mudando suas características à medida que a altura aumenta.
Nas partes próximas da base, a vegetação é geralmente mais abundante e diversificada, uma vez que as temperaturas são mais elevadas do que no topo. À medida que se ganha altura, predominam as espécies vegetais mais resistentes ao frio. Deste modo, a vegetação perde tamanho, as árvores desaparecem e só sobrevivem pastagens e arbustos. Superada uma certa altura, onde o frio já é muito extremo, a vegetação desaparece por completo.
A fauna das montanhas também obedece à altura e se concentra principalmente nas porções de elevação baixa e média, onde há mais vegetação para lhes dar abrigo e sustento e maior disponibilidade de oxigênio.
Nas regiões mais frondosas, é possível encontrar grandes predadores, como pumas, ursos ou lobos. Nas montanhas das regiões mais quentes do planeta, podem ser encontrados primatas e felinos selvagens.
À medida que se ganha altura, as condições climáticas limitam o crescimento e desenvolvimento dos animais, e uma vez alcançadas altitudes muito extremas, a fauna desaparece quase por completo, com exceção de alguns insetos e aves.
Por que as montanhas são importantes?
As montanhas são importantes porque fazem parte da dinâmica climática e hidrológica do planeta, e também podem reduzir a intensidade das catástrofes naturais.
- A dinâmica climática. As montanhas influenciam os padrões atmosféricos ao agir como barreiras físicas que alteram a circulação do ar e a distribuição das chuvas no planeta. Além disso, condicionam a temperatura e fazem com que, a maior altitude, a quantidade de calor na atmosfera seja menor.
- A dinâmica hidrológica. As montanhas são fontes essenciais de água doce. Os degelos que ocorrem nas montanhas alimentam rios e riachos que são vitais para o abastecimento de milhares de milhões de pessoas no mundo. A fusão da neve e dos glaciares nas montanhas representa um reservatório de água doce muito importante para o ciclo hidrológico e para o abastecimento de água potável no futuro.
- Os desastres naturais. As montanhas atuam como amortecedores de certos desastres naturais, pois reduzem a velocidade e a intensidade de eventos climáticos extremos como tempestades tropicais e furacões. No entanto, as áreas de cordilheira são propensas a desastres naturais, como terremotos e erupções vulcânicas, que podem causar grandes danos às populações que vivem próximas.
As montanhas mais altas do mundo
As montanhas mais altas do mundo são:
- O monte Everest. Tem 8846 metros de altura e é a montanha mais elevada do planeta. Encontra-se na fronteira entre o Nepal e a China, na cordilheira do Himalaia.
- O monte K2. Mede 8611 metros de altura. Encontra-se na fronteira entre o Paquistão e a China.
- O Kangchenjunga. Mede 8586 metros de altura. Encontra-se entre a Índia e o Nepal.
- O Lhotse. Mede 8516 metros de altura. Encontra-se no Tibet, na fronteira entre a China e o Nepal.
- O Makalu. Mede 8463 metros de altura. Encontra-se no Tibet, na fronteira entre a China e o Nepal.
A montanha mais alta da América é o Aconcágua, com uma altura de 6961 metros, e está localizada na cordilheira dos Andes. Ali também se encontra o vulcão Ojos del Salado, que é o mais alto do planeta, com 6891 metros.
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Referências
- Adamuz, J. A. (2023). Mitos, bellezas y peligros: retratos de las montañas más altas del mundo. National Geographic España. https://viajes.nationalgeographic.com.es/
- Fundación Aquae. (s.f.). ¿Cómo se forman las montañas? https://www.fundacionaquae.org/
- Tarbuck, E. y Lutgens, F. (2005). Ciencias de la Tierra. Una introducción a la geología física. Pearson Educación.
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