Cronologia do conflito entre Israel e a Palestina

Vamos explicar como este conflito começou, quais foram os fatos mais relevantes ao longo do tempo e quais processos e decisões influenciaram a atual situação entre Israel e a Palestina.

as bandeiras da Palestina e de Israel atrás do fio
O confronto direto entre Israel e a Palestina começou na década de 1940.

Conflito entre Israel e a Palestina

O confronto entre a população judaica e a população árabe pelo controle do território da Palestina é conhecido como o “conflito entre Israel e a Palestina”. A história do conflito pode ser dividida em diferentes etapas:

  • Os antecedentes do conflito (1890–1918)
  • O crescimento do conflito durante o Mandato Britânico da Palestina (1918–1939)
  • As rebeliões contra o Mandato Britânico da Palestina (1939–1948)
  • A guerra entre o Estado de Israel e os árabes palestinos (1948–1985)
  • As tentativas diplomáticas (1985–2000)
  • O retorno à violência (2000–até a atualidade)

Os antecedentes do conflito

reunião da organização sionista mundial
Em 1897, a Organização Sionista Mundial declarou que os judeus tinham o direito de viver na Palestina.

No final do século XIX, a população judaica vivia como minoria em países de diferentes partes do mundo. A discriminação em relação aos judeus (conhecida como “antissemitismo”) e outras minorias era comum em diferentes países da Europa. Nesse contexto, o sionismo surgiu como um movimento político que buscava criar um Estado moderno para a população judaica do mundo.

Nos primeiros anos, os sionistas consideraram diferentes territórios para a criação do Estado hebreu até que definiram pela Palestina, onde estava Jerusalém, a cidade sagrada para as três religiões monoteístas mais importantes: o judaísmo, o cristianismo e o islã.

A Palestina era uma região que na época pertencia ao Império Otomano e estava habitada pela população árabe, em sua maioria de religião muçulmana. Também havia uma população cristã e algumas pequenas comunidades judaicas, principalmente em Jerusalém.

  • 1896: Publicação do livro O Estado Judeu. Theodor Herzl publicou seu livro O Estado Judeu: ensaio de uma solução moderna para a questão judaica e propôs a criação de um Estado moderno independente e soberano para a nação judaica, como solução para o antissemitismo predominante na Europa.
  • 1897: Fundação da Organização Sionista Mundial. O movimento sionista realizou o primeiro congresso sionista em Basileia (Suíça), fundou a Organização Sionista Mundial (OSM) e declarou que os judeus tinham direito de viver na terra de Israel (que na época era a Palestina, uma região do Império Otomano).
  • 1897–1903: Primeira Aliyah (ou Aliá). A OSM organizou a primeira Aliyah (onda de imigração judaica para a terra de Israel). Estima-se que entre 25 mil e 35 mil imigrantes judeus de origem russa e iemenita se estabeleceram na região da Palestina no Império Otomano.
  • 1904–1914: Segunda Aliyah. Na segunda Aliyah mais de 40 mil judeus russos, poloneses e iemenitas emigraram para a Palestina. Criou-se o sistema de kibutz (assentamentos agrícolas) e ressurgiu o hebrom como língua principal do Yishuv (a comunidade judaica na Palestina anterior à criação do Estado de Israel).
  • 1914–1918: Primeira Guerra Mundial. O Império Otomano pertencia ao grupo dos Impérios Centrais (com o Império Austro-Húngaro e o Império Alemão) contra os Aliados (Reino Unido, França, Império Russo e Itália).
  • 1915: Linha McMahon. Através das negociações entre Henry MacMahon (diplomata britânico) e Husayn ibn Ali (líder árabe), os britânicos encorajaram a revolta dos árabes contra o Império Otomano e se comprometeram em reconhecer a criação de um Estado árabe independente na região.
  • 1916: Acordo Sykes-Picot. A França e o Reino Unido assinaram o acordo Sykes Picot, no qual estabeleceram um plano para a divisão do Império Otomano sob o controle de ambas as potências ao final da guerra. Foi estabelecido que o futuro da região palestina seria definido após a guerra em uma comissão internacional com os árabes liderados por Husayn e pelo Império Russo.
  • 1916–1918: Rebelião Árabe. Os árabes da Palestina realizaram a Rebelião Árabe contra o Império Otomano, com o objetivo de alcançar sua independência e criar um Estado árabe unificado. Foram apoiados pelo governo britânico, que se comprometeu a reconhecer a existência do Estado árabe na região.
  • 1917: Declaração de Balfour. Os britânicos mudaram a estratégia política e negociaram com os sionistas de forma paralela ao compromisso com os árabes de Husayn. Eles consideravam que um Estado judeu na Palestina beneficiaria seus interesses políticos e econômicos no Oriente Médio. No dia 2 de novembro, publicaram a Declaração de Balfour, na qual apoiavam publicamente o reconhecimento do “lar nacional judeu” na Palestina.

O crescimento do conflito durante o Mandato Britânico da Palestina (1918–1939)

homens são escoltados por soldados
Em 1936, os árabes palestinos se rebelaram contra o governo britânico e o sionismo.

No final da Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano foi dividido em diferentes territórios e o Mandato Britânico da Palestina foi criado. Os britânicos introduziram um sistema colonial de governo e administração do território palestino. Neste contexto, protegeram e apoiaram as aspirações dos sionistas na Palestina e concederam bastante autonomia às comunidades judaicas. Ao contrário, neste período a população árabe da Palestina não contou com instituições de autogoverno.

Entre 1918 e 1948, os judeus passaram de representar 12% do total da população para 34%. O crescimento foi produto das diferentes ondas migratórias de população judaica, que ocorreu como consequência do antissemitismo na Europa e do progressivo fechamento de fronteiras dos principais países (como os Estados Unidos e o Reino Unido).

Nestes anos, houve um processo gradual de desestruturação das condições de vida dos camponeses árabes ligados à propriedade comunal da terra. A terra cultivável que pertencia às comunidades começou a ser dividida e vendida.

Neste contexto, na década de 1920 apareceram os primeiros confrontos violentos entre a população árabe e a população judaica no território palestino. As tensões eram o produto de vários fatores. Por um lado, a população judaica tinha aumentado enormemente e o governo britânico havia concedido certos privilégios (como o acesso a algumas terras e a capacidade de criar jurisdições, ruas e escolas dentro de suas comunidades). Por outro lado, o governo britânico tinha quebrado suas promessas de autonomia para os líderes árabes e o modo de vida da população árabe estava sendo afetada pelo crescimento das comunidades judaicas (por exemplo, já não podiam acessar certos recursos porque estavam em terras ocupadas pelas comunidades judaicas).

  • 919–1923: Terceira Aliyah. Durante a terceiraAliyah, mais de 35 mil judeus da Europa Oriental se estabeleceram na Palestina. Esta onda de imigração não foi organizada pela OSM, mas sim foi uma consequência das duras condições que os judeus viviam em seus países de origem. Com ela surgiu omovimento Moshavim, uma nova forma de organização das comunidades agrícolas em aldeias cooperativas.
  • 1920: Tumulto de Nabi Musa. O primeiro confronto violento entre árabes e judeus. Durante uma procissão no feriado de Nabi Musa em Jerusalém, a rivalidade se manifestou em violentos tumultos. Cinco judeus e quatro árabes morreram, além de centenas de feridos de ambos os povos. Os britânicos haviam retirado suas tropas de Jerusalém e demoraram para recuperar o controle da cidade. No dia seguinte, os árabes condenaram as manifestações contra os judeus.
  • 1920: Fundação da Haganá. Foi fundada a Haganá, uma organização paramilitar judaica de autodefesa que organizou as ações armadas dos judeus nas décadas seguintes, até a criação do Estado de Israel e sua transformação no exército israelense.
  • 1923: Fundação da Agência Judaica. Os sionistas fundaram a Agência Judaicacomo uma instituição governamental da comunidade judaica dentro do Mandato Britânico da Palestina e obtiveram algumas prerrogativas de autogoverno. Este organismo foi fundamental para o crescimento dos assentamentos judeus e tratou da organização geral dos kibutzim, da construção de estradas e da instalação de serviços, escolas e hospitais.
  • 1923. Ascensão do sionismo revisionista. Dentro do sionismo, começaram a surgir divergências entre seus líderes sobre como conseguir a criação do Estado de Israel. Zeev Jabotinsky deixou a OSM e fundou a Ha Zohar, uma aliança de sionistas revisionistas que, alguns anos depois, criou sua própria organização paramilitar chamada Irgun. O sionismo revisionista tornou-se o partido mais direto dos diferentes movimentos dentro do sionismo.
  • 1924–1929: Quarta Aliyah. AQuarta Aliyah levou mais de 80 mil imigrantes judeus para a Palestina. Essa onda de imigração foi influenciada pelo aumento do anti-semitismo em toda a Europa e pela mudança nas leis de imigração dos Estados Unidos (que era outro dos principais destinos de migração judaica).
  • 1929: Tumulto de agosto. No mês de agosto, houve uma onda de tumultos que levaram a confrontos violentos entre árabes e judeus durante a Revolta do Muro das Lamentações ou a Revolta de Buraq em Jerusalém. Entre os principais instigadores estavam o grupo de jovens sionistas Beitar e os muçulmanos liderados pelo árabe antissionista Amin al-Husayni. Em uma semana, 116 árabes e 133 judeus morreram, e a violência se espalhou para as cidades de Hebrom e Safed, onde ocorreram massacres violentos contra a população judaica local.
  • 1929–1939: Quinta Aliyah. A Quinta Aliyahfoi marcada pelas políticas raciais, especialmente antissemitas da Alemanha nazista. Estima-se que, neste período, mais de 225 mil judeus imigraram para a Palestina.
  • 1931: Fundação de Irgun. O sionismo revisionista fundou sua própria organização paramilitar chamada Irgun.
  • 1933–1945. Holocausto judaico na Alemanha. Cerca de seis milhões de judeus europeus sofreram a perseguição e assassinato sistemático organizado pelo governo Nazista da Alemanha.
  • 1936–1939: Grande Revolta Árabe. Entre 1936 e 1939, a Grande Revolta Árabe foi desencadeada, que foi uma revolta dos árabes palestinos contra as autoridades britânicas e contra o sionismo. Começou como uma greve geral urbana que se expandiu e se transformou em uma revolta camponesa em larga escala que mobilizou quase toda a população árabe da Palestina.

Os camponeses árabes viam sua qualidade de vida cada vez mais deteriorada pelo loteamento e venda das terras ao Yishuv. Para reprimir as manifestações, as autoridades estabeleceram um “estado de emergência” que permitiu às forças armadas britânicas cometerem abusos e atrocidades: foram destruídos lares e instalações de comunidades palestinas rurais, houve um saldo de quase cinco mil árabes mortos e mais de nove mil foram presos em campos de concentração. A maioria dos líderes palestinos foram assassinados ou presos.

  • 1937–1939: Ataques terroristas do Irgun. No contexto da Revolta Árabe e do aumento das tensões nas ruas, o Irgun (grupo paramilitar do sionismo revisionista) começou uma série de “operações de represálias” que consistiu em ataques contra a população civil árabe em Jerusalém, Haifa, Herzliya, Jafa e Tel Aviv. Desde então, o Irgun foi considerado um grupo terrorista.

As rebeliões contra o Mandato Britânico da Palestina (1939–1947)

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945), os britânicos retiraram muitas das tropas que haviam se destacado no Mandato Britânico da Palestina durante a Grande Revolta Árabe (1936–1939) para enviá-las à guerra. A Grande Revolta Árabe tinha terminado com o desaparecimento da maioria dos líderes árabes e as organizações nacionalistas tinham sido desestruturadas.

Em 1939, os britânicos publicaram o Livro Branco: um texto que explicava as novas normas no governo da Palestina. Nele, três questões fundamentais foram estabelecidas:

  • Que em um prazo de dez anos a Palestina obteria a independência e formaria um governo composto por árabes e judeus.
  • Que desde a publicação do livro, a imigração judaica ficaria limitada a 15 mil pessoas por ano, durante cinco anos.
  • Que a compra de terras por parte do Yishuv e pessoas judaicas ficariam restritas a certos espaços.

Estas disposições geraram oposição tanto dos judeus como dos árabes. Os sionistas eram contra a criação de um governo independente governado pelos árabes, no qual eles seriam uma minoria. Por sua vez, os árabes desaprovavam o atraso da independência da Palestina por mais dez anos e buscavam a criação de um Estado autônomo plurirreligioso.

Por sua vez, os líderes sionistas discordavam sobre o caminho a seguir diante da nova situação. Os sionistas da OSM, liderados por Chaim Weizmann e David Ben Gurion, argumentavam que, no contexto da perseguição que os judeus na Europa estavam sofrendo pelo Holocausto, era necessário apoiar o governo britânico que lutava contra a Alemanha nazista. Por sua vez, os sionistas revisionistas liderados por Zeev Jabotinsky consideravam que era hora de fazer uma revolta armada contra o governo britânico. Neste contexto, o Irgun (sionista revisionista) redirecionou seus ataques para as autoridades do Mandato.

  • 1939–1945: Segunda Guerra Mundial. Durante a Segunda Guerra Mundial, os britânicos estavam do lado dos aliados com a França, a União Soviética e os Estados Unidos, contra as potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
  • 1939: Publicação do Livro Branco. Os britânicos publicaram o Livro Branco, uma proposta para gerar um acordo sobre a questão palestina. Impuseram restrições à imigração judaica (15 mil imigrantes por ano, durante cinco anos) e a restrição na compra de terras em certos lugares. Por sua vez, adiaram a independência da Palestina por dez anos e estabeleceram que haveria um governo conjunto formado por árabes e judeus.
  • 1939–1948: Aliyá Bet. Além das restrições de imigração impostas, a intensificação do antissemitismo na Europa durante o auge do nazismo levou os judeus a migrar em massa e clandestinamente para a Palestina. Esta onda migratória é conhecida como“Aliyá Bet”e se estendeu até mesmo após a Segunda Guerra Mundial, com os deslocamentos da população em diferentes partes da Europa no período pós-guerra. Estima-se que mais de 100 mil judeus tentaram entrar na Palestina. As autoridades britânicas interceptavam rotas migratórias e enviavam os judeus para campos de refugiados, campos de detenção e campos de internamento, onde as condições de vida eram péssimas.
  • 1940. Fundação do Leji. As diferenças entre os líderes sionistas dentro do Irgun levaram a sua divisão e à criação de outro grupo paramilitar chamado Leji, liderado por Abraham Yair Stern, que difundia a ideia da guerra total contra o imperialismo britânico.
  • 1944. Rebelião de Irgun e de Leji contra o governo britânico. Os revisionistas sionistas proclamaram a rebelião contra as autoridades do Mandato Britânico da Palestina e começaram uma série de ataques às instalações administrativas do governo (departamentos de imigração, estações de rádio, escritórios, edifícios da polícia, entre outros). No Cairo, no dia 6 de novembro, membros do Leji assassinaram o vice-ministro de Estado britânico das colônias, Lord Moyne.
  • 1944. Expulsão de presos políticos. Os britânicos começaram a deportar os detidos por atividades clandestinas de rebelião e os mandaram a campos de prisão em outros países. Estima-se que enviaram mais de 100 militantes e o Irgun e de Leji.
  • 1946. Operação Ágata. Os britânicos realizaram uma onda de prisões sobre militantes judeus com o objetivo de parar as operações dos grupos paramilitares. Estima-se que mais de 2700 pessoas foram detidas e presas.
  • 1946. Atentado contra o Hotel King David. O Irgun atacou o Hotel King David, que era a sede do comando militar britânico. Morreram mais de 90 pessoas.
  • 1947. Anúncio do Reino Unido sobre a sua retirada da Palestina. Os britânicos decidiram renunciar ao mandato sobre a Palestina, anunciaram sua retirada para o ano seguinte e encarregaram à Organização das Nações Unidas (ONU, recém criada em 1945) a criação de um plano para estabelecer o futuro dos territórios palestinos.
  • 1947. Plano das Nações Unidas para a divisão da Palestina. 1947. A ONU propôs um Plano de Partilha dos territórios palestinos em dois estados independentes e a autonomia da cidade de Jerusalém, que seria administrada pela ONU.
  • 1947 e 1948. Ataques civis entre árabes e judeus. Entre dezembro de 1947 e maio de 1948, houve dezenas de ataques em diferentes partes da Palestina, que levaram a vida de centenas de árabes e judeus. Entre os ataques estão o atentado no Portão de Damasco em Jerusalém (que levou a vida de vinte árabes), o atentado de Leji na cafeteria de Lifta (mataram seis árabes), o ataque de Irgun nas refinarias de petróleo de Haifa (que resultou em um confronto que acabou com a morte de 17 árabes e 39 judeus), os ataques de Haganá na aldeia de Balad al-Shaykh (dezenas de pessoas morreram, incluindo crianças) e o ataque ao Hotel Semiramis (com 26 civis assassinados).

A guerra entre o Estado de Israel e os árabes palestinos (1948–1985)

civis e soldados
Após a primeira Guerra Árabe-Israelense, começou a expulsão de árabes da Palestina.

Em 1947, a ONU publicou o seu plano das Nações Unidas para a divisão da Palestina. Previa a criação de um Estado judeu que compreendia 55% do território do Mandato Britânico da Palestina com uma população de 500 mil judeus e 400 mil árabes, e um Estado árabe que integrava 44% do território com uma população de 800 mil árabes e 10 mil judeus.

A Agência Judaica imediatamente aceitou as condições do Plano de Partilha, pois significava uma enorme conquista para o Yishuv. Até então, a comunidade judaica possuía menos de 10% das terras palestinas. Além disso, o plano significava o reconhecimento internacional da reivindicação sionista de estabelecer na Palestina um Estado judaico autônomo.

Por sua vez, Irgun e Leji rejeitaram a proposta da ONU porque sustentavam que a divisão não traria paz à população e o Estado judeu seria atacado pelos vizinhos árabes.

A Liga Árabe ou Liga dos Estados Árabes (a associação dos países árabes da região) e os árabes palestinos rejeitaram o plano de forma categórica, argumentando que violava os direitos dos árabes, que constituíam quase 70% da população total. A Liga Árabe anunciou que usaria todos os meios ao seu alcance para evitar a implementação do Plano de Partilha, incluindo a luta armada.

A ONU se absteve de responder e continuar a mediação. Os britânicos haviam estabelecido a sua retirada para o dia 15 de maio de 1948 e se recusaram a aplicar o plano enquanto estavam no controle do território palestino.

No dia anterior, David Ben Gurion (líder do sionismo e presidente da OSM) leu publicamente a Declaração da Independência do Estado de Israel. No dia seguinte, os britânicos se retiraram da Palestina e a Liga Árabe declarou guerra ao Estado de Israel.

  • 1948. Declaração de Independência do Estado de Israel. No dia 14 de maio, o sionismo declarou a independência do estado judeu sobre os territórios designados no Plano de Partilha da ONU.
  • 1948. Fim do Mandato Britânico da Palestina. Os britânicos se retiraram dos territórios palestinos no dia 15 de maio de 1948.
  • 1948–1949. Primeira Guerra Árabe-Israelense. Os países árabes vizinhos (Egito, Transjordânia, Síria, Líbano e Iraque) se uniram e atacaram os territórios sobre os quais os sionistas declararam a independência. Começou a Primeira Guerra Árabe-Israelense, que em menos de um ano terminou com a vitória dos judeus. Como consequência, o novo Estado de Israel ocupou uma série de territórios que estavam fora do estabelecido pelo Plano de Partilha da ONU e alcançou o controle de 78% do antigo Mandato Britânico da Palestina (em vez de 55%). Os territórios que ficaram fora do Estado de Israel não se uniram como um Estado independente palestino, mas foram anexados pelos países árabes vizinhos.
  • 1949. Expulsão em massa da população árabe da Palestina. Durante e após a guerra, os grupos armados sionistas destruíram mais de 500 aldeias árabes e forçaram mais de 710 mil palestinos árabes a deixar o país. Entre esta população, o termo nakba (que significa desastre) é usado para descrever a situação do povo árabe palestino desde a expulsão: a negação do direito dos refugiados de guerra de retornar às suas terras, sua transformação em refugiados permanentes e a desintegração da sociedade árabe palestina. Dentro do território do novo Estado de Israel ficaram vivendo 160 mil árabes palestinos, como uma minoria dentro de um Estado militar.
  • 1949. Criação das instituições de governo israelenses. Após a guerra, o novo Estado ficou sob um governo militar. A Haganá, o Irgun e o Leji foram integrados dentro do Tzahal ou das Forças Armadas Israelenses (FDI, as forças armadas do novo Estado), e foi criado o Shabak (Serviço de Segurança Geral). Além disso, foi fundada a Knesset (órgão legislativo) e estabelecido o regime de governo executivo com um presidente e um primeiro-ministro.
  • 1949. Imigração em massa de judeus para o Estado de Israel. A primeira medida que o Estado de Israel tomou ao declarar independência foi a revogação das leis de imigração. No contexto pós-guerra da Segunda Guerra Mundial e da profunda crise que os judeus europeus estavam vivendo após o Holocausto, a imigração de judeus para Israel foi massiva Estima-se que em menos de um ano, a população judaica duplicou no novo estado.
  • 1956. Crise do Canal de Suez. Os britânicos e franceses invadiram a península do Sinai no Egito com o apoio do Estado de Israel, tendo como objetivo tomar o controle sobre o Canal de Suez (a passagem entre o mar Mediterrâneo e o Golfo Pérsico). A ONU interveio e forçou as tropas invasoras a se retirarem. Desde então, o Conflito Árabe-Israelense se envolveu no contexto mais amplo da Guerra Fria. O Estado de Israel ficou alinhado com os Estados Unidos e o Egito, e outros países árabes estreitaram laços com a União Soviética.
  • 1964. Criação da Organização para a Libertação da Palestina. Os diferentes movimentos políticos de árabes palestinos celebraram o primeiro conselho nacional palestino em 1964 e definiram a criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). O objetivo era recuperar os territórios palestinos ocupados pelo Estado de Israel e garantir os direitos da população árabe palestina no exílio. Além disso, o Exército da Libertação da Palestina (PLA) foi criado com a missão de eliminar a soberania sionista na Palestina e destruir o Estado de Israel.
  • 1967. Guerra dos Seis Dias. O Egito iniciou um bloqueio naval no Golfo de Aqaba com o objetivo de impedir o tráfego do porto de Eilat (sob controle de Israel) com o oceano Índico. O exército israelense respondeu em poucos dias ocupando as colinas do Golã (Síria), a península do Sinai (Egito), a faixa de Gaza (Cisjordânia) e a parte leste de Jerusalém. Como resultado, outra onda de palestinos árabes teve que ser exilada nos países vizinhos.
  • 1967. Guerrilha contra o Estado de Israel. O PLA coordenou a atividade de diferentes organizações paramilitares nacionalistas, como o Fatah (liderada por Yasser Arafat) e a Frente Popular para a Libertação da Palestina, que operavam de diferentes lugares. Fatah começou seus ataques contra Israel a desde a Jordânia.
  • 1970. Setembro preto. Na Jordânia, a tensão aumentou pela força das atividades de guerrilha do Fatah, o rei Hussein impôs a lei marcial e começou um confronto armado entre o exército jordaniano e os grupos paramilitares palestinos. Como resultado, milhares de refugiados palestinos foram assassinados e expulsos da Jordânia. Fatah mudou sua base de operações para o Líbano.
  • 1973. Segunda Guerra Árabe-Israelense. O Egito e a Síria atacaram Israel com o objetivo de recuperar os territórios perdidos na Guerra dos Seis Dias (1967). Este conflito armado também é conhecido como a Guerra do Yom Kippur. Israel recebeu apoio dos Estados Unidos e dos países árabes da União Soviética. Não houve avanços significativos e a guerra terminou com um cessar-fogo organizado pelos Estados Unidos e pela Rússia.
  • 1973–1974. Crise do petróleo. A Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu não exportar petróleo para os países que apoiaram o Estado de Israel durante a segunda Guerra Árabe-Israelense. Isto fez com que o preço do produto subisse e desencadeasse uma crise econômica internacional. Por sua vez, deu força à reivindicação internacional pelos direitos do povo palestino.
  • 1974. Reconhecimento da ONU à OLP como representante legítima do povo palestino. Sob a liderança de Yasser Arafat, a OLP iniciou ações diplomáticas para obter o reconhecimento internacional dos direitos do povo palestino. Conseguiu que a Assembleia Geral da ONU reconhecesse à OLP como representante do povo palestino no exílio e lhe concedeu o status de nação observadora.
  • 1975–2000. Guerra Civil do Líbano. A atividade guerrilheira do Fatah no Líbano se envolveu em conflitos entre as diferentes facções políticas e sociais do país. O crescimento da população muçulmana, após a saída forçada da população palestina, modificou as relações políticas libanesas. Em 1975, a OLP se envolveu diretamente nos combates contra as forças maronitas (cristãs) e começou uma guerra civil complexa que incluiu dezenas de grupos diferentes, com a intervenção de países estrangeiros e muitas mudanças de alianças. A OLP esteve envolvida no conflito até a invasão de Israel em 1983, após que os seus membros e milhares de refugiados civis tiveram que ser evacuados para a Tunísia.
  • 1976. Entrada da OLP na Liga Árabe. Os países da Liga Árabe reconheceram a OLP como representante legítima do povo palestino no exílio e a integraram como membro permanente da Liga.
  • 1978–1979. Paz entre o Egito e Israel. Após a Segunda Guerra Árabe-Israelense (1973), os presidentes do Egito e de Israel (Anwar el-Sadat e Menachem Begin) começaram negociações para a paz entre ambos os países, mediada pelos Estados Unidos. O processo levou à assinatura dos Acordos de Camp David (1978) e do Tratado de Paz entre Israel e o Egito (1979). O Egito recuperou o controle do Sinai, mas o resto dos territórios palestinos continuaram ocupados por Israel.
  • 1979–1989. Suspensão da Liga Árabe ao Egito. A Liga Árabe suspendeu o Egito pela assinatura do Tratado de Paz com Israel, pois prejudicava a posição dos demais árabes palestinos e as reivindicações dos países árabes da região.
  • 1979–1985. Ataque de Israel ao Líbano. O Estado de Israel se envolveu diretamente na Guerra Civil do Líbano (1975–1990). Inicialmente, fez por meio de ataques que causaram a morte de civis palestinos e libaneses. Depois, as forças israelenses bombardearam a sede da OLP em Beirute e iniciaram uma campanha de ocupação (1981–1982). Em 1983, Israel ocupou parte do Líbano e as forças da oposição resistiram através de numerosos ataques, até que Israel se retirou em 1985.

As tentativas diplomáticas (1985–2000)

Bill Clinton con Isaac Rabin y Yasser Arafat
Isaac Rabin e Yasser Arafat assinaram os Acordos de Oslo com o apoio de Bill Clinton (presidente dos Estados Unidos).

No final do século XX, as posições dentro do governo israelense e dentro da OLP se polarizaram. Dentro do Estado de Israel, surgiram posicionamentos conflitantes sobre como continuar com as negociações de Oslo. Uma facção radicalizada as ignorou e propôs a recuperação total de Jerusalém como capital do Estado de Israel.

Por outro lado, dentro do lado palestino, as negociações foram criticadas pelas facções mais radicais. O islamismo (movimento político que propõe a criação da lei religiosa para a ordem social) cresceu em toda a região e surgiram as primeiras organizações islamistas pelo movimento palestino, entre elas, o Hamas e a Jihad Islâmica.

O Hamas e outras organizações radicais palestinas se opuseram à assinatura dos Acordos de Oslo. Criticaram a OLP por negociar com Israel e denunciaram Arafat por reconhecer o Estado de Israel.

Com a criação da ANP, o Hamas se fortaleceu como uma organização alternativa e realizou os primeiros ataques suicidas.

  • 1986. Reconhecimento da OLP ao Estado de Israel. Yassir Arafat (líder da OLP) aceitou as resoluções 242 e 338 da ONU que implicavam o reconhecimento do Estado de Israel nos territórios pré-guerra de 1967. Seu objetivo era iniciar negociações para construir dois Estados independentes. Assim, a OLP abandonou a guerrilha, recorreu aos meios diplomáticos para recuperar os territórios ocupados e iniciou conversações secretas com agentes israelenses para chegar a um acordo.
  • 1987–1993. Primeira Intifada. Em 1987, um caminhão militar israelense atropelou e matou quatro árabes no campo de refugiados na Faixa de Gaza. A população árabe da Faixa de Gaza e Cisjordânia (ocupada por Israel desde a guerra de 1967) reagiu com uma série de revoltas que se tornaram um protesto social em larga escala contra as autoridades israelenses pelas duras condições de vida. A rebelião durou até a assinatura dos Acordos de Oslo (1993). Morreram 1962 palestinos (dos quais 252 eram crianças) nas mãos de militares e civis israelenses, e 90 israelenses (dos quais 47 eram civis e 43 pertenciam às forças de segurança).
  • 1987. Criação do Comando Nacional Unificado. No início da Intifada, os levantamentos foram espontâneos, mas depois surgiu o Comando Nacional Unificado (MNU) para coordenar as ações de forma clandestina. O MNU foi composto por diferentes organizações que lutavam pelos direitos do povo palestino (Organização para a Libertação da Palestina, Frente Popular para a Libertação da Palestina, Frente Democrática para a Libertação da Palestina e Partido Comunista Palestino). O protesto social era pacífico e o MNU estava contra o uso da violência. Além disso, o MNU coordenou a subsistência da população e organizou as instituições de educação e saúde frente aos bloqueios das forças israelenses.
  • 1987. Fundação do Hamas. No contexto da primeira Intifada, foi fundado um grupo islâmico radical chamado Hamas liderado por Ahmed Yasin, Mahmoud Al-Zahar, Abdel Aziz Al-Rantisi, Khaled Meshal e Yahya Abdal Tif Ayyash, entre outros. Ao contrário do MNU, o Hamas pregava o uso da violência e procurava transformar o protesto social secular em um movimento jihadista.
  • 1991–1993. Conferência de Madri. Os Estados Unidos organizaram a Conferência de Madri com a assistência de Israel, uma delegação jordano-palestina, Líbano, Egito e Síria para avançar nas negociações de paz. A base dos acordos foram as resoluções 242 e 338 da ONU (que estabelecem as fronteiras de Israel antes da guerra de 1967).
  • 1994. Massacre de Hebrom. Um militante de Kach (um grupo de extrema direita isarelita) realizou um atentado em Hebrom e matou 29 palestinos civis (entre eles, várias crianças). Depois, outros 19 palestinos foram mortos pelos militares israelenses em protestos pelo atentado.
  • 1994. Ataques do Hamas. O Hamas iniciou uma série de ataques suicidas (em Afula, Hadera e Tel Aviv) que mataram quase 45 israelenses e feriram mais de 100. O Hamas alegou que era em resposta ao massacre de Hebrom e queria interromper os Acordos de Oslo.
  • 1994. Prêmio Nobel da Paz aos signatários do Acordo de Oslo. 1994. Isaac Rabin (primeiro-ministro israelense), Shimon Peres (ministro dos negócios estrangeiros israelense) e Yasser Arafat recebem o prêmio Nobel da Paz (1994) pela assinatura dos Acordos de Oslo.
  • 1996–1999. Posse de Netanyahu como primeiro-ministro de Israel. Benjamin Netanyahu era um líder político que se opunha aos Acordos de Oslo com os palestinos. Quando seu governo começou, continuou com uma obra no bairro árabe de Jerusalém, que havia sido adiada para manter a paz. Isto gerou confrontos violentos que tiraram a vida de 100 palestinos e de 12 israelenses.
  • 1996. Assassinato de Ayyash pelas mãos do Shabak. O Shabak (serviço de inteligência israelense) assassinou Ayyash, um dos líderes da al-Qassam (o braço militar do Hamas). Cerca de 100 mil palestinos da Faixa de Gaza compareceram ao seu funeral.
  • 1996–1999. Escalada de violência. Em oposição aos Acordos de Oslo, o governo de Israel continuou a estabelecer colonos judeus nos territórios que deveriam ser devolvidos à Palestina. Por sua vez, o Hamas e outras organizações armadas palestinas continuaram seus ataques contra a população israelita. Neste contexto, Israel atrasou a retirada de suas forças sobre os territórios que seriam da Palestina.
  • 1999. Proibição do Hamas na Jordânia. O Estado de Israel e a ANP pressionaram o governo jordaniano para que censurasse a atividade do Hamas, que até então atuava livremente no país. Khaled Mashal e outros líderes foram presos e exilados.

A volta da violência (desde o ano 2000)

Após a segunda intifada, o Hamas começou a ter um apoio maior entre a população árabe da Faixa de Gaza.

Desde a década de 2000, as tentativas diplomáticas para estabelecer um acordo pacífico para o conflito foram cada vez mais limitadas. As mudanças no governo israelense e o crescimento do Hamas dentro do movimento palestino levaram a um impasse no processo de partilha do território.

A Faixa de Gaza e os territórios palestinos foram divididos entre Gaza sob o controle do Hamas e a Cisjordânia sob o controle da Autoridade Nacional Palestina. Desde então, o confronto entre o Hamas e o Estado de Israel foi constante.

  • 2000–2005. Segunda Intifada. Ariel Sharon (líder sionista que liderava a oposição ao partido que governava Israel) visitou Jerusalém enquanto se debatia o futuro da cidade entre o governo israelense e a ANP. Isto foi interpretado como uma ameaça pela população árabe,o que deu início a manifestações contra ele que, com a repressão policial israelense, transformaram-se em uma nova onda de confrontos violentos. Israel retomou as áreas que haviam se retirado dos Acordos de Oslo. O Hamas cresceu e parte do movimento pelos direitos dos palestinos se radicalizou. O Hamas generalizou o uso de bombas suicidas contra civis israelenses. Com isso, o governo israelense realizou “assassinatos seletivos” (assassinatos extrajudiciais de líderes palestinos).
  • 2004. Morte de Yasser Arafat. O líder da OLP morreu por causas de saúde (pouco claras) e Mahmoud Abbas assumiu a liderança da OLP.
  • 2006. Retirada de Israel da Faixa de Gaza. Israel concluiu sua retirada da Faixa de Gaza, mas manteve o controle da fronteira e do movimento dos palestinos entre suas cidades.
  • 2006–2007. Fratura do movimento palestino. A comunidade internacional pressionou para que se realizassem eleições parlamentares na Palestina (que estavam sendo adiadas por desacordos entre Fatah e o Hamas). O Hamas ganhou as eleições e isso gerou uma crise política. A organização não reconheceu o Estado de Israel nem os acordos assinados pela OLP. Após um confronto entre as duas facções, a Faixa de Gaza (parte da Palestina) ficou sob o controle do Hamas, enquanto a Cisjordânia ficou sob o controle da Autoridade Nacional Palestina. A maior parte da comunidade internacional não reconheceu o Hamas como o legítimo governante do povo palestino na Faixa de Gaza.
  • 2008–2009. Guerra de Gaza. Após alguns confrontos isolados entre o Hamas e o governo israelense, o Estado de Israel atacou a Faixa de Gaza. A guerra durou um mês e se estima que morreram entre 1200 e 1400 palestinos e 13 israelenses. Os ataques destruíram a maioria das instalações básicas da população de Gaza (mais da metade dos hospitais, clínicas de saúde, escolas, poços de água e fazendas) e Israel estabeleceu um bloqueio militar e comercial. A população sofreu com a escassez de alimentos e serviços básicos durante os anos seguintes.
  • 2010. Ataque à frota da Palestina Livre. Israel atacou embarcações do movimento Palestina Livre nas águas internacionais do mar Mediterrâneo, que levavam ajuda humanitária para a população da Faixa de Gaza.
  • 2012–2014. Operações Pilar Defensivo e Margem Protetora. O Hamas fez uma série de ataques na fronteira de Israel e o governo de Israel declarou guerra à Faixa de Gaza contra o Hamas. Sob as operações Pilar Defensivo e Margem Protetora, o exército israelense realizou outra série de ataques em larga escala (mais de 2 mil palestinos e 60 israelenses mortos).
  • 2015–2018. Intifada das facas. Outra onda de violência se desencadeou na Cisjordânia e em Israel. Começou como uma série de manifestações da população palestina pelas entradas de judeus religiosos na Esplanada dos Templos, mas em pouco tempo a violência se generalizou. Não houve organizações políticas diretamente envolvidas nos confrontos, estes foram atos isolados realizados por civis.
  • 2016. Publicação da Resolução 2334 da ONU, que declara ilegal a ocupação e o assentamento israelense nas colinas do Golã, Cisjordânia e Jerusalém Oriental (todos os assentamentos israelenses nos territórios que ocupou após a guerra de 1967). Este foi um passo importante para os palestinos que trabalhavam pelo reconhecimento legal de seus territórios. A resolução estava sendo vetada pelos Estados Unidos há vários anos.
  • 2017. Pacto de reconciliação entre Fatah e o Hamas. As facções palestinas negociaram a reconciliação e estabeleceram o controle de certos territórios pela Autoridade Nacional Palestina.
  • 2018–2019. Marchas do retorno. Manifestações civis começaram na Faixa de Gaza pelo retorno de refugiados palestinos. O exército israelense reprimiu as manifestações na fronteira.
  • 2021. Guerra entre a Faixa de Gaza e Israel. O Supremo Tribunal de Israel ordenou o despejo de famílias palestinas, e isso gerou uma manifestação espontânea da população árabe de Jerusalém contra esta medida. A repressão das manifestações levou a violentos distúrbios que, por sua vez, desencadearam ataques entre o governo israelense, o Hamas e a Jihad Islâmica (outro grupo terrorista islâmico fundado em 1987).
  • 2023. Guerra entre a Faixa de Gaza e Israel. O Hamas e outras organizações terroristas islâmicas organizaram um ataque conjunto e em grande escala contra Israel. Tanto as ações do Hamas como os ataques do Estado de Israel foram criticados por serem considerados crimes que violam o direito internacional humanitário.

Referências

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  • Ackermann, M. E. (2008). “Arab-Israeli-Palestinian peace negotiations”, “Arab-Israeli War (1956)”, “Arab-Israeli War (1967)”, “Arab-Israeli War (1973)”, “Arab-Israeli War (1982)”, “Arafat, Yasir”, “Hamas”, “Lebanese civil war”, “Intifada (first)”, “Intifada, al-Aqsa”, “Islamist movements” y “Palestine Liberation Organization (PLO)”. Encyclopedia of world history. The Contemporary World: 1950 to the Present. Vol VI. Facts On File.
  • Farías, Ariel Hernán (2010). “La Gran Revuelta Árabe (1936-1939): Estructuras, identidades y lógicas de conflicto al interior del territorio palestino”. Nómadas. Revista Crítica de Ciencias Sociales y Jurídicas, 1, 287-302. 
  • Marín Guzmán, R. (2004). “El recrudecimiento del conflicto árabe-israelí a partir de los atentados del 11 de septiembre de 2001: terrorismo y ocupación militar”. En V Jornada de Medio Oriente, La Plata.
  • Mora, J. P. (1992). “La ocupación militar prolongada de territorios árabes por Israel desde 1967”. Boletín de Información, (225), 103-124.
  • Pappe, I. (2007). Historia de la Palestina moderna. Ediciones AKAL.
  • Rodinson, M., & Trabulsi, F. (1970). La revolución palestina y el conflicto árabe-israelí. Cuadernos de Pasado y de Presente. 
  • Rogan, E. L., Fernández Aúz, T., & Eguibar, B. (2010). Los árabes: Del imperio Otomano a la actualidad. Grupo Planeta.
  • Said, E. W. (2013). La cuestión palestina. Debate.
  • Slater, J. (2020). Mythologies Without End: The US, Israel, and the Arab-Israeli Conflict, 1917-2020. Oxford University Press, USA.

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Kiss, Teresa. Cronologia do conflito entre Israel e a Palestina. Enciclopédia Humanidades, 2024. Disponível em: https://humanidades.com/br/cronologia-do-conflito-entre-israel-e-a-palestina/. Acesso em: 4 de outubro de 2024.

Sobre o autor

Autor: Teresa Kiss

Professora de História do ensino médio e superior.

Traduzido por: Cristina Zambra

Licenciada em Letras: Português e Literaturas da Língua Portuguesa (UNIJUÍ)

Data da última edição: 22 de setembro de 2024
Data de publicação: 18 de setembro de 2024

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