Meteoritos

Vamos explicar o que são os meteoritos, sua origem e composição. Além disso, quais são suas características, classificação e os meteoritos mais conhecidos.

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Estima-se que entram anualmente cerca de 100 meteoritos na superfície da Terra.

O que são os meteoritos?

Os meteoritos são fragmentos de rocha espacial que chegam à superfície de um planeta ou satélite natural do espaço exterior. Embora os mais estudados sejam os que se aproximam da Terra, comprovou-se a queda de meteoritos também em Marte e na Lua.

Estima-se que milhares de meteoritos se aproximam anualmente da Terra, mas apenas alguns sobrevivem à erosão gerada pelos gases que compõem a atmosfera. A maioria deles é muito pequena e desintegra antes de atingir a superfície.

Os meteoritos são classificados em três tipos principais: metálicos, compostos maioritariamente de ferro e níquel; rochosos, compostos maioritariamente por silicatos e minerais; e mistos, contendo componentes metálicos e rochosos.

Quando um meteorito atinge a superfície, o seu impacto pode ter várias consequências. A mais comum é a formação de crateras, e sua extensão dependerá do tamanho do meteorito e da energia liberada no impacto. Algumas vezes, no caso de meteoritos maiores compostos por materiais metálicos, o impacto pode gerar uma explosão.

Características dos meteoritos

Os meteoritos apresentam as seguintes características:

  • São fragmentos de rocha espacial que chegam à atmosfera de um planeta.
  • Podem ser compostos por materiais rochosos ou metálicos.
  • Há evidências de impactos de meteoritos na Terra, em Marte e na Lua.
  • Seus impactos podem gerar crateras e explosões.
  • Fornecem informação sobre a formação de outros corpos celestes.

Como se formam os meteoritos?

Os meteoritos têm origem em cometas ou asteroides. Os cometas são corpos celestes compostos principalmente de gelo, poeira e rochas, e os asteroides são objetos rochosos ou metálicos que orbitam o Sol.

Os cometas e os asteroides às vezes sofrem processos de fragmentação devido a colisões entre si, à ação da radiação solar ou a forças gravitacionais. Estas colisões podem gerar fragmentos menores chamados meteoroides.

Os meteoroides podem atravessar a órbita da Terra e, ocasionalmente, colidir com o nosso planeta. Quando um meteoroide entra na atmosfera terrestre, chama-se meteoro. A fricção com a atmosfera gera calor e faz com que o meteoro se aqueça e se ilumine, o que forma uma estrela luminosa no céu conhecida como estrela fugaz. Se o meteoroide é suficientemente grande para resistir à erosão da entrada na atmosfera e alcançar a superfície da Terra, é chamado de meteorito.

De que são feitos os meteoritos?

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Em um meteorito, 5% dos materiais são pedaços de metal como a camacita e a tenita.

Os meteoritos podem ter diferentes composições, mas, de um modo geral, são classificados em três categorias:

  • Meteoritos metálicos. São compostos principalmente de ferro e níquel. São menos comuns em comparação com os rochosos.
  • Meteoritos rochosos. São compostos principalmente de minerais similares às rochas terrestres. São o tipo de meteorito mais comum que chega à Terra, já que 86% do total tem esta composição.
  • Meteoritos mistos. São compostos por elementos metálicos e rochosos. São o tipo de meteorito menos frequente.

Chuva de meteoritos

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As chuvas Perseidas podem ser vistas sobre as montanhas Ródope, na Bulgária.

As chuvas de meteoritos (também chamadas de “estrelas cadentes”), também conhecidas como chuvas de estrelas, são eventos celestes em que se observa um aumento significativo no número de meteoros (ou estrelas cadentes) no céu. Estas chuvas de meteoritos ocorrem quando a Terra atravessa a órbita de um cometa ou atravessa uma nuvem de partículas.

Durante estes eventos, os fragmentos de poeira e rochas do cometa entram na atmosfera da Terra, se queimam devido ao atrito e criam traços luminosos no céu.

As chuvas de meteoros são fenômenos regulares e previsíveis que podem ocorrer em momentos específicos do ano, quando a Terra cruza estas órbitas de cometas. Cada chuva de meteoros tem um radiante, que é o ponto no céu de onde parecem vir os meteoros. Estes radiantes estão associados com a constelação a que pertence e com o cometa ou a região do espaço onde se originaram as partículas.

Algumas das chuvas de meteoritos mais conhecidas e frequentes são:

  • Quadrântidas. Ocorrem durante os primeiros dias de janeiro, e são mais intensas em torno dos dias 3 e 4 deste mês. Têm o seu radiante perto da constelação de Boieiro.
  • Líridas. Observam-se entre os dias 16 e 25 de abril. Têm seu radiante perto da constelação de Lira. Esta chuva de meteoritos é causada por partículas deixadas pelo cometa C/1861 G1 Thatcher.
  • Perseidas. São uma das chuvas de meteoritos mais populares e ocorrem entre meados de julho e final de agosto, com um pico por volta de 12 e 13 de agosto. O radiante está na constelação de Perseu.
  • Dracónidas. Também conhecidas como Giacobínidas, ocorrem durante os primeiros dias de outubro, com o seu radiante na constelação do Dragão. Esta chuva pode ser variável e alguns anos experimenta um aumento incomum de atividade.
  • Oriónidas. São produzidas pelos escombros do cometa Halley. São visíveis durante uma semana entre os dias 16 e 27 de outubro. O seu brilho está na constelação de Orion.

O estudo dos meteoritos

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Os materiais de um meteorito nos permitem conhecer mais sobre o universo.

Os meteoritos são uma fonte importante de materiais extraplanetários que representam uma enorme oportunidade para o estudo científico.

A identificação de meteoritos se baseia em características visuais e análises de laboratório, incluindo provas mineralógicas e químicas. Instituições acadêmicas, museus de história natural e observatórios astronômicos participam do estudo de meteoritos. Por exemplo, o Smithsonian Institute nos Estados Unidos, o Museu de História Natural em Londres e o Museu Nacional de Ciência no Japão possuem coleções de meteoritos e realizam pesquisas neste campo.

Os meteoritos fornecem informação sobre a formação e a evolução do Sistema Solar e sobre a composição de asteroides e cometas. Além disso, o estudo dos meteoritos pode lançar luz sobre a química orgânica e os processos geológicos em outros corpos celestes.

Meteoritos conhecidos

Alguns meteoritos conhecidos da história são:

  • Allan Hills 84001 (ou ALH 84001). Foi um meteorito que veio de Marte, no qual alguns cientistas acreditaram detectar um fóssil de bactéria, o que comprovaria a existência passada de vida no planeta vermelho. Ele atingiu a Antártida.
  • Cânion do Diabo. Foi um meteorito metálico que atingiu a Terra há 50 mil anos e produziu a cratera Barringer no Arizona, Estados Unidos. Os fragmentos deste meteorito foram usados pelos nativos americanos como arma.
  • Allende. Foi um meteorito que atingiu o México em 1969. Demonstrou ter conteúdo de carbono e ser mais antigo que a Terra.
  • Cape York. Foi um dos maiores meteoritos metálicos da história. Atingiu a Groenlândia há 10 mil anos e foi utilizado como fonte de ferro pelos povos inuítes.

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Referências

Como citar?

As citações ou referências aos nossos artigos podem ser usadas de forma livre para pesquisas. Para citarnos, sugerimos utilizar as normas da ABNT NBR 14724:

SPOSOB, Gustavo. Meteoritos. Enciclopédia Humanidades, 2024. Disponível em: https://humanidades.com/br/meteoritos/. Acesso em: 11 junho, 2024.

Sobre o autor

Autor: Gustavo Sposob

Professor de Geografia do ensino médio e superior (UBA).

Traduzido por: Cristina Zambra

Licenciada em Letras: Português e Literaturas da Língua Portuguesa (UNIJUÍ)

Data da última edição: 11 junho, 2024
Data de publicação: 18 maio, 2024

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