Vamos explicar o que foi o furacão Patrícia, quanto durou e quais foram as áreas afetadas. Além disso, suas características gerais, danos e muito mais.
O que foi o furacão Patrícia?
O furacão Patrícia foi um ciclone tropical que se originou no oceano Pacífico, ao sul do golfo de Tehuantepec, México, em outubro de 2015. É considerado o furacão mais intenso do mundo já registrado, com ventos que chegaram a 325 quilômetros por hora.
Outra característica amplamente estudada do furacão Patrícia foi a velocidade com que ele se intensificou. Em apenas uma hora, ele passou de uma tempestade tropical de baixa intensidade a um forte furacão de categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson.
Como ocorre com todos os ciclones tropicais, ao atingir a terra perto da cidade de Cuixmala, no México, o Patrícia perdeu intensidade rapidamente e passou de Categoria 5 para Categoria 2 em poucas horas. Sua duração total foi de mais de 72 horas.
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Características do furacão Patrícia
Entre as principais características do furacão Patrícia destacam-se as seguintes:
- Duração. O furacão Patrícia durou quatro dias, de 20 de outubro, quando se formou no oceano Pacífico, a 24 de outubro de 2015, quando foi detectado pela última vez a sudoeste de Monterrey.
- Áreas afetadas. Em sua trajetória da América Central em direção ao norte, o furacão Patrícia afetou a Guatemala e El Salvador e, quando chegou ao México, teve os efeitos mais devastadores nos estados de Jalisco, Colima, Nayarit e Michoacán.
- Intensidade. Durante os dias 22 e 23 de outubro, o furacão Patrícia se intensificou rapidamente, tornando-se um dos furacões mais intensos já registrados no oceano Pacífico. Em apenas 24 horas, passou de uma tempestade de categoria 1 para um furacão de categoria 5 na escala Saffir-Simpson. Durante esse período, os ventos aumentaram em mais de 110 quilômetros por hora, o que representa um aumento de intensidade sem precedentes desde que esses fenômenos foram registrados.
- Efeitos meteorológicos. Como todos os furacões, o Patrícia foi acompanhado de fortes precipitações e ventos contínuos que atingiram 345 km/h, com rajadas de quase 400 km/h. A área de baixa pressão gerada pelo furacão foi uma das mais intensas da história do Ocidente, com cerca de 872 hPa. O diâmetro da nuvem do Patrícia era de aproximadamente 480 quilômetros, que cobria a maior parte da costa oeste do México, parte da Guatemala e El Salvador.
- Onda de tempestade. Durante a passagem do furacão Patrícia pela costa mexicana, foram registradas ondas com altura média de 12 metros.
- Mudança de nome. O comitê de furacões da Organização Meteorológica Mundial, após verificar a intensidade do ciclone e a magnitude dos danos causados, retirou o nome Patrícia da lista de furacões e o substituiu por “Pamela” para a temporada de 2021. Assim, a partir desse ano, nenhum furacão receberá o nome “Patrícia”.
Causas do furacão Patrícia
O fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENSO) é um fenômeno climático natural que ocorre no oceano Pacífico. Refere-se a um comportamento cíclico de mudanças na temperatura do mar, na pressão atmosférica e nos padrões de vento no oceano Pacífico.
Os fenômenos El Niño e La Niña estão diretamente relacionados à temperatura do oceano Pacífico. Durante o El Niño, as temperaturas da superfície do Pacífico ficam mais quentes do que o normal, podendo aumentar a probabilidade de formação de furacões na região. Por outro lado, durante o La Niña, as temperaturas se tornam mais frias do que o normal, o que diminui as chances de formação de furacões.
A água quente fornece a energia de que os furacões precisam para se intensificar, e quanto mais quente a água, mais ela evapora, mais umidade é carregada na atmosfera e mais energia o furacão consome. Por esse motivo, os furacões se formam principalmente no Caribe e no Golfo do México, que têm as águas mais quentes. E, se a água estiver de fato mais quente por causa do El Niño, as condições para a formação de um furacão intenso são ainda maiores.
No caso do furacão Patrícia, acredita-se que sua rápida intensificação pode ter sido consequência das temperaturas incomumente quentes do oceano Pacífico, que coincidiram com um fenômeno El Niño consideravelmente forte naquele ano.
Consequências do furacão Patrícia
Diante da chegada iminente do furacão, foi anunciada a suspensão total dos voos na região, assim como a evacuação de quase 30% dos turistas hospedados em Colima. Também foram suspensas atividades e foram fechados escritórios, empresas e bancos.
Os estados de Colima, Jalisco e Nayarit registraram os danos mais significativos causados à infraestrutura urbana e às moradias. Segundo o Centro Nacional de Prevenção de Desastres do México (CENAPRED), o Patrícia causou perdas materiais de aproximadamente US$ 460 milhões.
Outros furacões no oceano Pacífico
Apesar de o leste do Pacífico ser caracterizado pela presença de furacões e tempestades tropicais, nenhum apresentou a intensidade do Patrícia. Contudo, houve alguns de intensidade semelhante que afetaram a região:
- Furacão Linda (1997). Não atingiu diretamente o México e alcançou ventos máximos contínuos de 295 quilômetros por hora.
- Furacão Kenna (2002). Impactou perto da cidade de San Blas e chegou a ventos máximos contínuos de 260 quilômetros por hora.
- Furacão Willa (2018). Passou perto da cidade de Mazatlán e registrou Passou perto da cidade de Mazatlán e registrou ventos máximos contínuos de 195 quilômetros por hora. de 195 quilômetros por hora.
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Referências
- BBC News (2015). El huracán Patricia y las tormentas más intensas en la historia del océano Pacífico. BBC
- El Comercio (2015). Huracán Patricia toca tierra en el estado mexicano de Jalisco. ElComercio
- Organización Meteorológica Mundial (OMM) (s-f). Ciclones tropicales. WMO
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