Edgar Allan Poe

Vamos explicar quem foi Edgar Allan Poe, quais foram as suas obras mais importantes e por que é considerado um dos mestres universais do conto curto.

Edgar Allan Poe
O trabalho de Edgar Allan Poe foi extremamente influente para escritores e literatos de todo o mundo.

Quem foi Edgar Allan Poe?

Edgar Allan Poe foi um célebre escritor norte-americano, considerado um dos iniciadores da tradição americana de contos curtos e uma figura central do romantismo literário norte-americano. Sua obra é considerada o ponto de partida da literatura policial, bem como uma contribuição significativa para a literatura de terror e de ficção científica.

Poe teve uma vida curta e árdua, inteiramente dedicada à escrita. Seus escritos, que exploram o mistério, o macabro e o horror, permitiram que ele ganhasse a vida de forma precária, embora tenham sido uma fonte de inspiração para gerações de escritores posteriores.

A figura de Poe é extremamente popular na cultura contemporânea, e grande parte de sua obra foi adaptada em diferentes formatos: cinema, animação e até mesmo videogames. Hoje, muitas de suas antigas casas são museus, e seu nome foi dado ao prêmio literário concedido anualmente pela associação Mystery Writers of America.

Nascimento e vida familiar de Edgar Allan Poe

Edgar Poe nasceu na cidade americana de Boston, Massachusetts, em 18 de janeiro de 1809. Seus pais eram o norte-americano David Poe Jr. e a britânica Elizabeth Arnold Hopkins, ambos atores de teatro. Edgar era o filho do meio do casamento, estando entre William, o mais velho, e Rosalie, a mais nova, nascida em 1810.

A tragédia marcou a vinda de Edgar ao mundo. Ele ainda era um bebê quando seu pai abandonou a família e sua mãe ficou encarregada de cuidar dos três irmãos, até que ela própria morreu de tuberculose no ano seguinte. Quando ficaram órfãos, os irmãos Poe foram levados para lares diferentes: William foi para a família de seu pai em Baltimore, enquanto Edgar e Rosalie foram adotados, respectivamente, pelas famílias Allan e McKenzie, ambas de Richmond, Virgínia.

John e Frances Allan, os novos pais de Edgar, criaram e batizaram Edgar na fé episcopal. Embora nunca o tenham adotado formalmente, deram a ele seu sobrenome. Edgar viveu com eles até quase a idade adulta.

Em 1815, os Allans viajaram para o Reino Unido, onde Edgar estudou em Ayrshire, na Escócia, terra natal do seu pai adotivo.Pouco tempo depois, ele estudou em Londres, em 1816, em Chelsea e Stoke Newington, antes de a família retornar a Richmond, em 1820. Lá, eles receberam uma grande herança em 1825, e o pai adotivo de Edgar comprou uma casa de dois andares, que ele batizou de “Moldávia”.

No ano seguinte, Edgar se apaixonou por Sarah Elmira Royster e também entrou para a Universidade da Virgínia, onde estudou por apenas 11 meses. A instituição estava em seus estágios iniciais e a vida universitária era caótica. Edgar logo se viu atolado em dívidas de jogo e o dinheiro fornecido por seu pai adotivo tornou-se escasso. Em seguida, começaram também os conflitos familiares, o que acabou afastando Edgar de seu pai adotivo.

Infelizmente, Edgar teve de abandonar a faculdade e voltar para casa. Lá ele encontrou um ambiente muito hostil: não era muito bem-vindo em sua família e sua antiga paixão havia se casado com outra pessoa. Então, em 1827, tomou a decisão de partir para Boston.

Boston e a carreira militar

Edgar Allan Poe
O jovem Edgar Allan Poe enfrentou a pobreza depois de abandonar a faculdade.

Em Boston, Poe adotou o pseudônimo “Henri Le Rennet” e começou a escrever em jornais e a trabalhar em escritórios, entre outros empregos mal remunerados. No entanto, encontrou tempo para se dedicar a uma paixão recém-descoberta: escrever.

De fato, em 1827, publicou seu primeiro livro: um livreto de poemas no estilo de Lord Byron (1788–1824), intitulado Tamerlão e outros poemas, que ele assinou como “um bostoniano”. Cinquenta cópias foram feitas e passaram completamente despercebidas.

Naquele mesmo ano, com a pobreza começando a encurralá-lo, Poe não teve escolha a não ser se alistar para o serviço militar, o que fez sob o nome de Edgar A. Perry. Inicialmente, serviu no Fort Independence, no porto de Boston, e depois no Fort Moultrie, na Carolina do Sul. Lá, juntou-se à tripulação do navio Waltham e recebeu suas primeiras promoções. Dois anos depois, ele era sargento-mestre de Artilharia.

Com a ideia de terminar seu serviço militar mais cedo e se matricular na Academia Militar de West Point, em Nova York, para estudar e seguir uma carreira, Poe decidiu se reaproximar de seu pai adotivo. Ele precisava do apoio dele para deixar o serviço militar e se matricular em West Point, e há muito tempo não tinha notícias de sua família.

Seu pai adotivo, entretanto, ainda desconfiava dele e demorou vários meses para responder, nem mesmo escrevendo para contar sobre a doença de sua mãe adotiva. Frances Allan morreu em fevereiro de 1829, e Poe finalmente teve permissão para visitar sua família. Lá, reconciliou-se com seu pai adotivo, que prometeu apoiar sua entrada na academia em Nova York.

Dessa forma, depois de conseguir uma substituição, Poe deixou o serviço militar e, antes de ir para Nova York, passou algum tempo em Baltimore com a família de seu pai. Lá, ele escreveu sua segunda coleção de poemas: Al Aaraaf, Tamerlão e Outros Poemas Menores, publicado em 1829.

Esse segundo livro, centrado em uma anedota astronômica de Tycho Brahe (1546–1601) e na descrição do paraíso no Alcorão, contém o poema mais longo que Poe já escreveu. Foi recebido com poucos comentários, em sua maioria negativos, exceto pelo escritor, editor e crítico John Neal (1793–1876), que deu a Poe “as primeiras palavras de encorajamento que me lembro de ter recebido”, como ele mesmo descreveu anos depois.

Poe finalmente chegou a West Point em 1830 e se matriculou como cadete. Naquele mesmo ano, seu pai adotivo se casou com Louisa Patterson, para seu grande desgosto. Suas críticas sobre isso e sobre outros filhos ilegítimos que seu pai adotivo havia gerado acabaram afastando Poe dele, que depois disso decidiu deserdá-lo.

A vida de um escritor

Edgar Allan Poe não durou muito tempo na Academia de West Point. Em 1830, estava determinado a ser expulso e a seguir uma vida de escritor. Por isso, fez o possível para ser levado à corte marcial e ser dispensado com desonra, o que levou menos de um ano para acontecer.

Em fevereiro de 1831, enquanto estava em Nova York, Poe publicou seu terceiro livro, chamado simplesmente Poemas. O financiamento para esse volume veio de seus ex-colegas da academia militar, que doaram 0,75 centavos de dólar cada um para o projeto.

O livro foi artisticamente rotulado como uma “segunda edição”, pois continha os mesmos poemas longos de seus dois livros anteriores, além de seis outras obras inéditas. Ele foi dedicado “ao Corpo de Cadetes dos Estados Unidos”.

Poe, entretanto, não ficou muito tempo em Nova York, pois seu irmão mais velho estava gravemente doente, devido a problemas decorrentes do alcoolismo. Em março de 1831, ele retornou a Baltimore e acompanhou seu irmão até sua morte, em agosto do mesmo ano.

Em Baltimore, Poe começou a se afastar da poesia e a escrever seus primeiros contos. Não eram tempos fáceis para ser um escritor: os jornais e as publicações eram abundantes, mas efêmeros e pagavam pouco e com atraso, e não havia uma lei internacional de direitos autorais que impedisse as editoras americanas de oferecer edições clandestinas de autores britânicos, em vez de favorecer os escritores locais. Isso foi agravado, alguns anos depois, pela crise econômica de 1837.

É conhecida como o “Pânico de 1837” uma das maiores depressões econômicas da história dos Estados Unidos, comparável à Grande Depressão de 1929. Começou durante as primeiras semanas do governo de Martin Van Buren (1782–1862), quando, em resposta a certas medidas do governo anterior, os bancos anunciaram que não fariam mais pagamentos em moedas de ouro e prata. Isso deu início a uma febre especulativa e a uma depressão econômica subsequente de cinco anos, durante a qual muitos bancos faliram e o desemprego aumentou.

Tudo isso forçou Poe a implorar por pagamento pelo trabalho realizado e a viver em um estado contínuo de incerteza econômica. Mesmo assim, sua prosa lhe trouxe seus primeiros sucessos. Enquanto trabalhava em sua única peça de teatro, Politian, seus primeiros contos viram a luz do dia: o semanário Baltimore Saturday Visiter concedeu-lhe um prêmio em 1833 por sua história Manuscrito Encontrado numa uma Garrafa e isso abriu um espaço no Southern Literary Messenger de Richmond.

Inicialmente, seu papel no jornal era o de colaborador: ele publicou Metzengerstein, considerada seu primeiro conto de terror, e depois Berenice, que foi tão chocante que os editores receberam cartas de protesto de vários leitores. Poe foi então contratado como editor.

No dia 22 de setembro de 1835, Poe casou-se com sua prima paterna Virginia Clem. Ele tinha 26 anos e ela, apenas 13 anos. Poe era um marido amoroso e voltado para a família, embora tenha começado a ter problemas com a bebida naquele mesmo ano. De fato, foi demitido do Southern Literary Messenger em 1837 por causa de sua embriaguez, que, embora fosse ocasional, era frequentemente pública e embaraçosa.

Mais uma vez, Poe decidiu tentar a sorte em Nova York.

Os anos produtivos

Poe passou os anos seguintes produzindo algumas de suas obras mais importantes. Em 1838, apareceu em Nova York seu único romance completo, A narrativa de Arthur Gordon Pym, que foi recebido com entusiasmo. Essa obra é considerada a fonte de inspiração para Moby Dick (1819–1891), de Herman Melville.

Um ano depois, Poe e sua esposa se mudaram para a Filadélfia, onde a revista Burton’s Gentleman’s Magazine ofereceu a Poe o cargo de coeditor. Nessa publicação, também apareceram seus contos “William Wilson” e “A Queda da Casa de Usher”, sendo este último um de seus contos mais famosos. Muitas dessas histórias fizeram parte de seu primeiro compêndio publicado em 1840: Contos do Grotesco e do Arabesco, que recebeu críticas positivas e negativas, mas teve poucas vendas.

Nesse mesmo ano, Poe foi convencido a fundar sua própria revista, cujo título variava entre The Penn e The Stylus. Inclusive, comprou espaço publicitário no Saturday Evening Post da Filadélfia, mas Poe nunca concretizou seu projeto.

Em 1841, Poe pediu demissão da Burton's Gentleman's Magazine e aceitou um emprego na prestigiosa Graham's Magazine como escritor e coeditor da revista. Lá ele publicou Os Assassinatos da Rua Morgue, considerada a primeira história de detetive da história.

Durante esse período, escreveu também importantes histórias que apareceram em várias publicações, como “O Coração Revelador”, “O Gato Preto”, “O Poço e o Pêndulo” e “O Escaravelho de Ouro”. Esse último conto lhe rendeu um prêmio de 100 dólares do Dollar Newspaper da Filadélfia, o que lhe trouxe muita fama no circuito literário.

Em 1842, as coisas mudaram para Poe. Virginia, sua esposa, apresentou os primeiros sinais da tuberculose que a tiraria dele.

O Corvo e a morte de Virginia

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O poema mais famoso de Poe é O Corvo, no qual ele confronta a morte de sua esposa. Esta ilustração é de Édouard Manet.

A doença de Virginia se manifestou rapidamente, e Poe enfrentou os problemas de saúde de sua esposa com desespero. Começou a beber novamente e a procurar oportunidades melhores e mais estáveis. Assim, Poe se aproximou do Partido Whig e da presidência de John Tyler (1790–1862), por intermédio de seu amigo Frederick Thomas.

A ideia era concorrer a um cargo na Alfândega dos Estados Unidos, mas Poe não compareceu à audiência, alegando estar doente. É possível que ele estivesse com problemas com álcool. Embora lhe tenha sido concedida uma segunda entrevista, os cargos disponíveis já haviam sido designados.

Em 1844, pediu demissão das revistas e decidiu retornar a Nova York, onde trabalhou brevemente como subeditor do New York Mirror, dirigido por N. P. Willis, que foi seu amigo íntimo pelo resto da vida. Naquele ano, ele publicou The Balloon Hoax no The Sun e também, no ano seguinte, uma prévia do que viria a ser seu poema mais célebre: O Corvo, nas páginas do New York Mirror.

O Corvo (The Raven) é um longo poema narrativo sobre um amante que chora a morte de sua amada Leonore e que recebe a visita furtiva de um corvo em seu escritório à meia-noite. O animal, pousado fora de seu alcance, evoca continuamente seu sofrimento com seu grasnado, que parece dizer “nunca mais”, em inglês nevermore:

O ar pareceu-me então mais denso e perfumado, qual se incenso
Ali descessem a esparzir turibulários celestiais.
“Mísero!, exclamo. Enfim teu Deus te dá, mandando os anjos seus,
Esquecimento, lá dos céus, para as saudades de Lenora,
Sorve-o nepentes. Sorve-o, agora! Esquece, olvida essa Lenora!”
E o Corvo disse: “Nunca mais.”

Tradução de Milton Amado (1943).

Após sua publicação em 1845, O Corvo foi reproduzido em vários jornais americanos, incluindo o New York Tribune, o Broadway Journal e o Southern Literary Messenger, do qual Poe era colaborador. O sucesso da obra transformou seu autor em um escritor de renome nacional, embora tenha recebido apenas 9 dólares pela publicação.

Com a fama, veio também a atenção de outros autores, com muitos dos quais Poe mantinha inimizade. É famosa sua rivalidade literária com Rufus W. Griswold (1812–1857), com quem chegou a competir pelo amor da também poeta Frances Sargent Locke Osgood (1811–1850). Poe teve um breve caso com ela, ao qual sua esposa, que estava morrendo, não se opôs. Mas as indiscrições de Frances com relação ao caso geraram um escândalo no circuito literário.

Posteriormente, trocou o New York Mirror pelo Broadway Journal e, após o desaparecimento desse periódico em 1846, o autor, sua sogra e sua esposa muito doente ,mudaram-se para uma casa em Fordham, no Bronx, hoje conhecida como a “Cabana Poe” (em inglês, Poe Cottage). Lá, no quarto principal, em 30 de janeiro de 1847, Virginia Clemm Poe morreu de tuberculose.

Os últimos anos de Poe

Edgar Allan Poe
Poe morreu dois anos após a morte de sua esposa e foi enterrado originalmente em Baltimore, em 1849.

Poe nunca se recuperou da morte de Virginia. Seu comportamento após a viuvez se tornou errático e autodestrutivo. Ao longo de 1847, ele cortejou a poetisa Sarah Helen Whitman, com quem teve um breve e malsucedido relacionamento. Também teve relacionamentos íntimos, porém platônicos, com Annie Richmond e Sarah Anna Lewis, a quem dedicou composições poéticas e de quem frequentemente recebia ajuda financeira.

Em 1848, ele publicou Eureka, um poema em prosa altamente incomum, considerado uma obra brilhante por alguns e um delírio por outros, no qual ele tentava explicar o universo filosoficamente. Dedicado a Alexander von Humboldt (1769–1859), revisitou antigas obsessões de sua juventude, como astronomia, ocultismo e metafísica.

No ano seguinte, Poe rumou para o sul, vagando pela Filadélfia e Richmond, onde acabou ficando noivo da então viúva Elmira Royster e passou um último verão feliz com ela, na companhia de amigos de infância e de Susan Archer Telley, poeta com quem teve uma breve amizade. No entanto, em várias cartas e escritos, ele registrou seu desejo de morrer.

Em outubro de 1849, Poe foi encontrado nas ruas de Baltimore, em um estado de delírio e desespero. Foi levado ao hospital, onde morreu em 7 de outubro por motivos ainda desconhecidos. Estava com quarenta anos de idade e não tinha condições de explicar como havia chegado ali ou por que estava naquele estado.

Diz-se que, durante sua agonia, Poe repetia o nome “Reynolds” e que suas últimas palavras foram “Senhor, tenha piedade de meu pobre espírito”. Os jornais da época anunciaram sua morte com o eufemismo “frenite” ou “congestão cerebral”, frequentemente usado para mortes relacionadas ao álcool.

O legado de Edgar Allan Poe

Após o anúncio de sua morte, seu eterno rival, Rufus W. Griswald, publicou um obituário longo e tendencioso no New York Tribune sob o pseudônimo de Ludwig, o qual o retratava como um lunático, um andarilho noturno que murmurava maldições em um delírio eterno. O obituário começava com “Edgar Allan Poe está morto. Morreu em Baltimore anteontem. Essa notícia surpreenderá muitos e chocará muito poucos”.

Essa não foi a última tentativa de Griswald de distorcer a memória de Poe. Em 1850, publicou, com James Russell Lowell e Nathaniel Parker Lewis, uma compilação das obras do autor, acompanhada de uma nota biográfica escrita pelo próprio Griswald, na qual acusava Poe de ser um psicopata depravado e viciado em drogas. Ainda que muitas das afirmações dessa biografia fossem pura e maliciosa ficção, o que muitos dos afetos de Poe denunciaram, essa imagem controversa do escritor ganhou popularidade entre seus leitores e entre aqueles que supunham que, dados os temas mórbidos de suas histórias, o autor também deveria ser um homem mau. Uma biografia mais objetiva de Poe só foi publicada em 1875.

Por sua vez, o corpo de Poe foi sepultado em um ritual simples e pouco frequentado antes de ser enterrado no pátio da Igreja Presbiteriana de Westminster, em Baltimore. Seu túmulo não pôde ter um epitáfio, pois o trabalho de mármore pago por seu sobrinho Nelson foi perdido em um acidente, então foi simplesmente identificado com um “nº 80”.

Mais tarde, em 1873, o poeta Paul Hamilton Hayne visitou seu local de sepultamento e publicou um artigo escandalizado com as condições indignas, o que levou a comunidade a arrecadar fundos para um segundo sepultamento. Em 1º de outubro de 1875, Poe foi enterrado novamente em um local privilegiado em frente à igreja, com um monumento em seu nome e na companhia dos corpos de sua esposa e sogra.

As histórias e os poemas de Poe, obcecados por tristeza, melancolia e crime, foram muito elogiados pelos poetas franceses Charles Baudelaire (1821–1867) e Stéphane Mallarmé (1842–1898), a quem ele deve sua fama internacional. Desde então, eles têm sido a inspiração para muitos outros grandes autores, como Horacio Quiroga (1878–1937), Jorge Luis Borges (1899–1986), H. P. Lovecraft (1890–1937) e Julio Cortázar (1914–1984).

Atualmente, Poe é considerado um dos grandes mestres do conto e uma figura central da literatura norte-americana. É também o pai do gênero detetivesco, da história de terror e um importante pensador da teoria poética. Suas histórias foram amplamente traduzidas e adaptadas e transformadas em filmes, televisão, animação e até mesmo videogames.

Entre as principais e mais marcantes obras de Edgar Allan Poe, estão:

  • “A Queda da Casa de Usher” (conto de 1839).
  • A Narrativa de Arthur Gordon Pym (romance de 1838)
  • “Os crimes da Rua Morgue” (conto de 1841)
  • “O Poço e o Pêndulo” (conto de 1842)
  • “O Gato Preto” (conto de 1843)
  • “O Coração Revelador” (conto de 1843)
  • “O Escaravelho Dourado” (conto de 1844)
  • “A carta roubada” (conto de 1844)
  • O Corvo (poema de 1845)
  • A Filosofia da Composição (ensaio de 1846)
  • Eureka (poema em prosa ou ensaio de 1848)

Referências

  • Barzun, J., Cestre, C. y Mabbott, T. (2023). “Edgar Allan Poe (American writer)”. The Encyclopaedia Britannica. https://www.britannica.com/
  • Educ.ar. (2022). Edgar Allan Poe, el inventor del miedo. https://www.educ.ar/
  • Reagan Wilson, C. y Ferris, W. (eds.). (1989). “Edgar Allan Poe”. Encyclopedia of Southern Culture. University of North Carolina Press.
  • The Poe Museum. (2023). Poe Biography. https://poemuseum.org/

Como citar?

As citações ou referências aos nossos artigos podem ser usadas de forma livre para pesquisas. Para citarnos, sugerimos utilizar as normas da ABNT NBR 14724:

FARÍAS, Gilberto. Edgar Allan Poe. Enciclopedia Humanidades, 2023. Disponível em: https://humanidades.com/br/edgar-allan-poe/. Acesso em: 7 maio, 2024.

Sobre o autor

Autor: Gilberto Farías

Licenciado em Letras (Universidad Central de Venezuela)

Traduzido por: Márcia Killmann

Licenciatura em letras (UNISINOS), Doutorado em Letras (Universidad Nacional del Sur)

Data da última edição: 1 março, 2024
Data de publicação: 27 novembro, 2023

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