Vamos explicar o que é Plutão, sua localização no Sistema Solar e dimensões. Além disso, quais são as suas características, clima e composição geológica.
O que é Plutão?
Plutão é um planeta-anão, ou seja, um corpo celeste esférico que orbita o Sol.
A União Astronômica Internacional (IAU, em inglês) determina que para ser considerado um planeta, um objeto celeste, além de orbitar ao redor do Sol e ter forma esférica, sua órbita tem que estar “limpa”, ou seja, não deve ter objetos de semelhante tamanho que orbitem junto a ele. Dado que na órbita de Plutão existem numerosos objetos de tamanho semelhante, considera-se que não cumpre o terceiro critério estabelecido, por isso desde 2006 deixou de ser considerado um planeta.
Plutão é um planeta-anão que se encontra no Cinturão de Kuiper, que é uma área cheia de objetos gelados e outros planetas-anões. Trata-se do objeto celeste dentro do sistema solar que se encontra mais afastado do Sol, e por esta razão tem uma temperatura muito baixa, de aproximadamente -240 °C.
Plutão tem o nome do deus do submundo na mitologia romana. Esta denominação foi proposta por Venetia Burney, uma menina britânica de onze anos, pouco depois da descoberta do planeta-anão em 1930. A proposta foi bem acolhida e o nome Plutão foi oficialmente adotado em 24 de março de 1930. A escolha do nome reflete as condições frias e distantes de Plutão, já que o submundo na mitologia tem sido comumente associado com lugares escuros e distantes.
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Características de Plutão
As principais características de Plutão são:
- É o corpo celeste do Sistema Solar mais distante do Sol.
- Foi descoberto em 1930.
- Em 2006 deixou de ser considerado um planeta para ser classificado como planeta-anão.
- Tem uma temperatura média de -240 °C.
- Leva 247 anos para dar uma volta ao redor do Sol.
- Leva 17 anos e meio para dar uma volta completa sobre seu próprio eixo.
- Caronte é seu satélite natural mais importante.
- A primeira exploração do planeta ocorreu em 2015.
Localização e dimensões de Plutão
Plutão está localizado na região do Sistema Solar conhecida como o Cinturão de Kuiper, que contém uma grande quantidade de corpos pequenos e gelados. Este planeta-anão tem uma órbita elíptica e excêntrica que o leva muito mais longe do Sol do que os planetas interiores. Isto significa que a sua órbita forma uma elipse, ou seja, um círculo alongado, e o Sol não se encontra no centro, mas mais perto de uma das extremidades.
Quanto às dimensões, Plutão é menor que os planetas do Sistema Solar. O seu diâmetro é de aproximadamente 2376 quilômetros, por isso é ainda menor do que vários dos satélites naturais do Sistema Solar, incluindo a Lua.
Plutão também tem uma grande lua chamada Caronte, que tem aproximadamente metade do seu tamanho. Além disso, tem outros satélites menores, como Nix e Hydra.
Composição de Plutão
A informação detalhada sobre a composição de Plutão foi obtida principalmente através da missão New Horizons da NASA, que realizou um sobrevoo perto em julho de 2015. Antes desta missão, Plutão era apenas um ponto de luz distante nas imagens telescópicas, e pouco se sabia sobre a sua superfície e características geológicas.
A geologia de Plutão revelada por New Horizons mostrou uma superfície diversa e complexa. Alguns de seus aspectos que se destacam são:
- Montanhas de gelo. Plutão tem cadeias montanhosas compostas principalmente de gelo. Estas, conhecidas como as montanhas de Wright, alcançam alturas de até 3500 metros.
- Planícies geladas. Foram observadas extensas planícies geladas na superfície de Plutão, como a região de Sputnik Planitia. Estas planícies são constituídas principalmente por nitrogênio, metano e monóxido de carbono congelados.
- Gêiseres de nitrogênio. New Horizons detectou evidências de atividade geológica recente em Plutão. Acredita-se que há gêiseres de nitrogênio que emanam da superfície, similares aos gêiseres de gelo observados em algumas luas de Júpiter e Saturno.
- Cânions e rachaduras. Na superfície de Plutão foram encontrados cânions e rachaduras. Estas características podem ser justificadas por causa do desaparecimento de grandes camadas superficiais de gelo por ruptura ou por fusão devido à atividade interna do planeta.
Atmosfera de Plutão
A atmosfera de Plutão é fina comparada aos maiores planetas do Sistema Solar. É constituída principalmente por nitrogênio, seguido de monóxido de carbono e metano.
Quanto à sua temperatura, Plutão exibe um clima extremamente frio devido à sua grande distância em relação ao Sol. As temperaturas superficiais oscilam em torno de -240 °C, o que o torna um dos lugares mais frios do Sistema Solar. Apesar da baixa gravidade e da pequena massa, a sua atmosfera sofre alterações sazonais à medida que orbita o Sol, o que tem impacto na sua densidade e composição.
Satélites de Plutão
Os satélites naturais mais importantes de Plutão são:
- Caronte. Foi descoberto em 1978. Tem metade do diâmetro de Plutão e aproximadamente a mesma massa.
- Nix e Hidra. Foram descobertos em 2005 pelo telescópio espacial Hubble.
- Cérbero e Estige. Foram descobertos pelo telescópio Hubble em 2011 e orbitam em torno do sistema composto por Caronte e Plutão.
Descoberta de Plutão
Com a tecnologia dos observatórios no século XIX, Plutão ainda não era visível. No entanto, os astrônomos sabiam que a órbita de cada planeta é afetada pela presença de outros planetas próximos no mesmo sistema.
Desta forma, os cientistas já haviam descoberto Netuno (oitavo planeta do Sistema Solar), apesar de não poder observá-lo, pela forma em que este perturbava a órbita de Urano (sétimo planeta do Sistema Solar). No entanto, no final do século XIX, descobriram que as perturbações na órbita de Urano se devem à presença de outro planeta, além de Netuno.
Com a hipótese teórica da sua existência, iniciou-se a busca e chegou-se à descoberta de Plutão em 13 de março de 1930 no observatório Lowell, nos Estados Unidos.
Explorações em Plutão
A exploração em Plutão apresenta grandes desafios devido à sua distância da Terra. Desde sua descoberta em 1930, foi estudado mediante observações telescópicas. Apenas em 14 de julho de 2015, quando a sonda espacial New Horizons da NASA pôde realizar um sobrevoo próximo ao planeta, teve a primeira visão detalhada de Plutão e sua lua Caronte, bem como de suas outras luas pequenas e sua atmosfera.
A missão New Horizons permitiu realizar observações próximas e colher dados sobre a composição da superfície,para a atmosfera e a geologia de Plutão. Desde o sobrevoo de New Horizons em 2015, a sonda continuou sua jornada até o Cinturão de Kuiper, e forneceu informação sobre outros objetos nesta região distante do Sistema Solar.
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Referências
- Canseco, K. y Nuñez, M. (2021). ¿Por qué Plutón no es planeta desde hace 15 años?. UNAM Global Revista. https://unamglobal.unam.mx/
- Milo, A. (2023). Así es Plutón, el primer planeta enano del Sistema Solar. National Geographic en Español. https://www.ngenespanol.com/
- NASA Ciencia. (2021). Todo sobre Plutón. https://spaceplace.nasa.gov/
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