Júpiter

Vamos explicar o que é Júpiter, sua localização no Sistema Solar e suas dimensões. Além disso, quais são as suas características, clima e composição geológica.

Júpiter
Júpiter é onze vezes maior que a Terra.

O que é Júpiter?

Júpiter é um planeta do Sistema Solar, o de maior tamanho e o quarto mais afastado do Sol. Está localizado depois do Cinturão de Asteroides e antes de Saturno. É um dos planetas denominados “gigantes gasosos” e tem um diâmetro onze vezes maior que o da Terra

Tem muitos satélites naturais. Os quatro maiores, chamadosde Io, Europa, Ganimedes e Calisto, foram descobertos em 1610 por Galileu Galilei. O restante, acredita-se que se trata de planetas que se encontravam perto de Júpiter e que, devido à sua gravidade, ficaram presos na sua órbita. Alguns cientistas afirmam que Júpiter é uma estrela falhada, uma vez que não cresceu o suficiente para se tornar uma estrela como o Sol.

Júpiter é constituído principalmente por gases, entre os quais se destacam o hidrogênio e o hélio, que representam 99% do total. Embora ainda seja matéria de estudo, acredita-se que o núcleo de Júpiter poderia ser rochoso.

O nome Júpiter vem da mitologia romana, pois é o equivalente romano do deus grego Zeus, que era considerado o deus supremo e governante do céu, assim como o protetor do Estado e de suas leis. A escolha de nomear o maior planeta do nosso Sistema Solar como Júpiter faz parte da tradição de usar nomes da mitologia para designar os planetas.

Características de Júpiter

As principais características de Júpiter são:

  • É o maior planeta do Sistema Solar.
  • Sua órbita está entre Marte e Saturno.
  • É o gigante gasoso mais próximo do Sol.
  • Sua temperatura média é de -160 °C.
  • Seus dias são muito curtos, de apenas dez horas de duração.
  • Leva quase 12 anos para completar uma volta ao Sol.
  • É constituído principalmente por hidrogênio e hélio.
  • Foi descoberto por Galileu Galilei em 1610.
  • Tem anéis, ainda que menos visíveis que os de Saturno.

Localização e dimensões de Júpiter

A órbita de Júpiter situa-se entre Marte e Saturno, a cerca de 750 milhões de quilômetros do Sol. É o quinto planeta do Sistema Solar e o primeiro depois do Cinturão de Asteroides. Além disso, é o planeta gigante gasoso mais próximo do Sol.

Júpiter tem uma rotação muito mais rápida que a Terra, uma vez que leva apenas dez horas para dar uma volta sobre o seu próprio eixo. Isso faz dele o planeta com a rotação mais rápida de todo o Sistema Solar. Quanto à sua translação ao redor do Sol, realiza uma órbita completa em 11,8 anos terrestres.

O seu diâmetro de 139 820 quilômetros faz dele o maior planeta do Sistema Solar. No entanto, não é o maior conhecido, já que muitos planetas fora deste sistema são de maior tamanho, como o Roxs 42Bb, o maior planeta descoberto até agora, que é 2,5 vezes maior que Júpiter.

Composição de Júpiter

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Júpiter não tem uma superfície sólida.

Júpiter não tem uma superfície sólida definida, por isso não apresenta uma geologia no sentido tradicional associada a planetas rochosos como a Terra. Sua estrutura interna é formada por camadas de gás e líquidos, e não há uma transição clara entre uma “superfície” e uma atmosfera.

A maior parte da informação que se tem sobre a atmosfera e a dinâmica interna de Júpiter provém de observações telescópicas e, mais recentemente, da sonda Juno da NASA, que vem estudando o planeta desde sua chegada em julho de 2016.

Atmosfera de Júpiter

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A atmosfera de Júpiter contém 75% de hidrogênio e 24% de hélio.

A atmosfera de Júpiter é maioritariamente composta de hidrogênio e hélio, com uma porcentagem mínima de metano, vapor de água, amoníaco e outros compostos. A temperatura na parte superior da atmosfera, onde se realizam a maioria das observações, é de aproximadamente -160 °C.

Júpiter apresenta na sua atmosfera cinturões escuros e zonas mais claras, que são o resultado da sua dinâmica e das suas correntes atmosféricas. Estes padrões geram faixas de nuvens ao longo do planeta, o que lhe dá a sua aparência listrada.

Júpiter também apresenta a tempestade de vento mais antiga do Sistema Solar. A Grande Mancha Vermelha é uma imensa tempestade que existe há pelo menos 350 anos. Tem um tamanho maior do que o da Terra e se caracteriza por sua cor avermelhada. Seus ventos podem alcançar os 640 quilômetros por hora.

Anéis de Júpiter

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Os anéis de Júpiter são formados por partículas de pó.

Ao contrário de Saturno, os anéis de Júpiter são muito menos visíveis e notórios, o que dificulta a sua observação a partir da Terra e requer técnicas específicas para detectá-los. São compostos principalmente de partículas de pó e pequenos fragmentos rochosos.

Embora a origem dos anéis de Júpiter não esteja totalmente compreendida, acredita-se que possam ter sido formados pelo impacto de micrometeoritos que produziram partículas e detritos que se dispersaram em anéis ao redor do planeta.

Também se crê que algumas das pequenas luas de Júpiter poderiam ter experimentado desgaste e gerado escombros que contribuiriam para a formação dos anéis. Outra teoria sustenta que alguns fragmentos rochosos, como asteroides ou cometas, poderiam ser capturados pelo forte campo gravitacional de Júpiter e ficar presos nos anéis.

Luas de Júpiter

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Os satélites de Júpiter são Calisto, Europa, Ganimedes e Io.

Júpiter tem 95 luas reconhecidas oficialmente. As quatro maiores, conhecidas como “luas galileanas” por terem sido descobertas por Galileu Galilei, chamam-se Calisto, Europa, Ganimedes e Io.

Além dos satélites galileanos, existem outras luas ou satélites:

  • Satélites interiores. São conhecidas como “Grupo Amalteia”. Seus nomes são Métis, Adrasteia, Amalteia e Tebe.
  • Satélites exteriores. São maiores em quantidade, mas menores em termos de tamanho. Acredita-se que são asteroides que ficaram presos no campo gravitacional do planeta. Algumas delas são Himália, Leda e Pasitea.

Explorações em Júpiter

Júpiter foi observado pela primeira vez por Galileu Galilei em 1610, que também identificou quatro de suas maiores luas, agora conhecidas como as luas galileanas (Io, Europa, Ganimedes e Calisto).

Ao longo dos séculos, observações telescópicas da Terra forneceram imagens e informação sobre a atmosfera de Júpiter, sobre sua composição, suas zonas e sobre a Grande Mancha Vermelha.

Já no século XX, a sonda Pioneer 10 foi a primeira a sobrevoar com sucesso o planeta Júpiter em 1973 e disponibilizou dados sobre a composição atmosférica e o seu campo magnético. Seguiram-se missões como a Pioneer 11, a Voyager 1 e 2, e a sonda Galileu, que forneceram informações sobre suas luas e anéis.

A sonda Juno, lançada em 2011, está atualmente em órbita em torno de Júpiter e ainda fornece informação sobre sua estrutura interna, sobre os campos magnéticos e sua composição atmosférica.

Curiosidades de Júpiter

Júpiter apresenta algumas peculiaridades, entre elas:

  • A maior tempestade do Sistema Solar. Júpiter tem a Grande Mancha Vermelha, uma tempestade anti-icônica gigante que está ativa há pelo menos 350 anos. Esta imensa tempestade é maior que a Terra e é um dos fenômenos atmosféricos mais duradouros do Sistema Solar.
  • O planeta mais massivo. Júpiter é o maior e mais massivo planeta do Sistema Solar. A sua massa equivale aproximadamente a 318 vezes a da Terra e tem um diâmetro que é cerca de onze vezes maior.
  • O extenso sistema de luas. Júpiter tem um sistema extenso de satélites, com mais de 95 luas conhecidas até a atualidade.
  • O poderoso campo magnético. Júpiter possui um dos campos magnéticos mais intensos do Sistema Solar. É aproximadamente 20 mil vezes mais forte que o da Terra.

Referências

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Sposob, Gustavo. Júpiter. Enciclopédia Humanidades, 2024. Disponível em: https://humanidades.com/br/jupiter/. Acesso em: 5 de novembro de 2024.

Sobre o autor

Autor: Gustavo Sposob

Professor de Geografia do ensino médio e superior (UBA).

Traduzido por: Cristina Zambra

Licenciada em Letras: Português e Literaturas da Língua Portuguesa (UNIJUÍ)

Data da última edição: 11 de junho de 2024
Data de publicação: 18 de maio de 2024

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